Há 230 dias, um homem de 43 anos, que não teve a identidade revelada, está “morando” no Hospital Santa Casa, em Campo Grande, após ser abandonado pela família, mesmo após receber alta médica. O paciente foi internado na unidade no dia 19 de novembro de 2023, após ser encontrado desacordado em via pública, com um afundamento de parte do crânio em decorrência de uma agressão.
Durante sua internação, o homem passou por um procedimento cirúrgico neurológico e, atualmente, encontra-se consciente, mas acamado e dependente de cuidados para higiene pessoal e locomoção. Segundo o hospital, a alta médica foi concedida em 21 de fevereiro de 2024, mas, desde então, o paciente aguarda a institucionalização, ou seja, o processo de transferência para um abrigo adequado.
De acordo com a supervisora do Serviço Social e membro da Comissão de Humanização do hospital, Emily Moraes, o paciente não mantinha vínculo com a família devido a um histórico de vícios e conflitos familiares. Segundo ela, apesar de diversas tentativas de sensibilização para que a família assumisse a responsabilidade pelos cuidados, eles não aceitaram cuidar dele nessas condições.
Após esgotadas as possibilidades de acolhimento familiar, a unidade hospitalar encaminhou um formulário de vulnerabilidade para a Sesau (Secretaria de Saúde) do município, a SAS (Secretaria de Assistência Social) e a 67ª Promotoria especializada do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul).
As equipes das secretarias já realizaram visitas ao paciente, mas, segundo a administração do hospital, ainda não houve resposta oficial quanto ao acolhimento e ao local adequado para sua moradia.
O hospital alerta que a situação atual do paciente pode levar ao risco de contágio por infecções, além de ocupar um leito que poderia ser utilizado por outro paciente que também necessita de atendimento especializado.
O melhor para o paciente é estar em um local adequado para moradia, e não dentro do hospital, onde corre o risco de infecção ou reinfecção. Além disso, ele ocupa um leito que poderia ser utilizado para outro paciente que também precisa de um procedimento cirúrgico”, explica Emily Moraes.
A reportagem também entrou em contato com a SAS e com a Sesau, para saber como está a situação de moradias de acolhimento na Capital e como é feito o encaminhado de pessoas abandonadas em hospitais. O espaço segue aberto para pronunciamentos.
[**] A identidade do paciente não foi revelada pela Santa Casa de Campo Grande à reportagem, em respeito à LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais).
Fonte: CampoGrandeNews
Há 230 dias, um homem de 43 anos, que não teve a identidade revelada, está “morando” no Hospital Santa Casa, em Campo Grande, após ser abandonado pela família, mesmo após receber alta médica. O paciente foi internado na unidade no dia 19 de novembro de 2023, após ser encontrado desacordado em via pública, com um afundamento de parte do crânio em decorrência de uma agressão.
Durante sua internação, o homem passou por um procedimento cirúrgico neurológico e, atualmente, encontra-se consciente, mas acamado e dependente de cuidados para higiene pessoal e locomoção. Segundo o hospital, a alta médica foi concedida em 21 de fevereiro de 2024, mas, desde então, o paciente aguarda a institucionalização, ou seja, o processo de transferência para um abrigo adequado.
De acordo com a supervisora do Serviço Social e membro da Comissão de Humanização do hospital, Emily Moraes, o paciente não mantinha vínculo com a família devido a um histórico de vícios e conflitos familiares. Segundo ela, apesar de diversas tentativas de sensibilização para que a família assumisse a responsabilidade pelos cuidados, eles não aceitaram cuidar dele nessas condições.
Após esgotadas as possibilidades de acolhimento familiar, a unidade hospitalar encaminhou um formulário de vulnerabilidade para a Sesau (Secretaria de Saúde) do município, a SAS (Secretaria de Assistência Social) e a 67ª Promotoria especializada do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul).
As equipes das secretarias já realizaram visitas ao paciente, mas, segundo a administração do hospital, ainda não houve resposta oficial quanto ao acolhimento e ao local adequado para sua moradia.
O hospital alerta que a situação atual do paciente pode levar ao risco de contágio por infecções, além de ocupar um leito que poderia ser utilizado por outro paciente que também necessita de atendimento especializado.
O melhor para o paciente é estar em um local adequado para moradia, e não dentro do hospital, onde corre o risco de infecção ou reinfecção. Além disso, ele ocupa um leito que poderia ser utilizado para outro paciente que também precisa de um procedimento cirúrgico”, explica Emily Moraes.
A reportagem também entrou em contato com a SAS e com a Sesau, para saber como está a situação de moradias de acolhimento na Capital e como é feito o encaminhado de pessoas abandonadas em hospitais. O espaço segue aberto para pronunciamentos.
[**] A identidade do paciente não foi revelada pela Santa Casa de Campo Grande à reportagem, em respeito à LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais).