Rodrigo Sacuno, que assumiu a prefeitura de Naviraí na última quarta-feira (1º), anunciou nesta segunda-feira (6) que não aceitará o aumento salarial para R$ 35 mil mensais aprovado pela legislatura anterior. O prefeito classificou o valor como "exorbitante" e já estuda alternativas legais para revogar o decreto.

Segundo Roney Minella, assessor de comunicação da Prefeitura, Sacuno pretende reunir a imprensa nos próximos dias para formalizar sua posição. O subsídio de R$ 35 mil foi estabelecido pela Lei 2.578, de 16 de dezembro de 2024, e começaria a valer em janeiro de 2025. Além disso, a vice-prefeita Telma Minari receberia R$ 18 mil mensais.

Esse salário bruto é apenas R$ 462 menor do que o do governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, que atualmente recebe R$ 35.462,27 mensais. Após as deduções obrigatórias, o rendimento líquido de Riedel é de R$ 25.947,23, conforme informações do Portal da Transparência.

Histórico da aprovação

O aumento foi aprovado em fevereiro de 2024, quando Sacuno ainda era vereador. Na ocasião, ele se absteve da votação. Agora, como prefeito, ele questiona a pertinência do reajuste e busca formas de revogar a decisão para alinhar os valores ao que considera mais justo para a administração pública.

Sacuno assumiu o cargo com um discurso de responsabilidade e transparência, e sua posição contra o aumento salarial reforça esse compromisso. A decisão também reflete a necessidade de ajustar os gastos públicos às prioridades do município.