Vestindo a camisa 35 do Swansea City, o jogador Ronald Martins, de 22 anos, tem chamado atenção no clube inglês, no País de Gales. O jovem, conhecido como Pato, é de Corumbá. Na última sexta-feira (29) ele foi destaque na mídia inglesa. Ao jornal a Media Wales, ele conta como se sente realizando um dos sonhos compartilhados com a mãe e avó.

“Sempre quis estar aqui por causa da minha mãe e da minha avó. Elas sempre souberam que meu sonho era vir para cá.” A matéria aponta o jovem como próximo grande sucesso do Swansea City.

Ele lembrou os desafios e conquistas para chegar até o clube inglês. Ainda no Brasil, Ronald jogou no Corumbaense e chegou a ser destaque no Atlético Goianiense. Depois foi para Europa jogar em Portugal, até chegar no Swansea.

“Minha resiliência vem de ser brasileiro. Você tem que ser duro. Sou assim desde criança. Quero muito fazer o melhor para minha família. Sempre tive isso dentro de mim e é daí que vem”.

A história do jogador com o futebol começou ainda na adolescência. Aos 11 anos ele participou de um projeto em Corumbá, depois tomou gosto pelo esporte. ”Antes eu só brincava para me divertir na rua com meus amigos. A gente ia  para outras cidades para jogar contra outros times. Aí, quando eu tinha 17 ou 18 anos, recebi um telefonema sobre ir jogar profissionalmente pelo Corumbaense”.

Para ele o encantamento com a Europa era fruto do sucesso de outros jogadores que, quando menino, admirava. “Sempre foi um sonho jogar na Europa. Desde criança cresci vendo jogadores europeus e também jogadores brasileiros vindo para a Europa.”

A motivação dentro de campo, além da família, é o craque Cristiano Ronaldo. “Sempre foi uma inspiração para mim. Via na televisão, observava o que ele fazia. Tudo o que ele fazia. Sempre o observava em busca de motivação."

Sobre a convocação para o Swansea, Ronald conta que foi um dos momentos mais alegres e emocionantes. “Foi o dia mais feliz da minha vida. Minha mãe começou a chorar. É o maior passo na minha carreira até agora”. Para o jovem, a carreira está apenas começando e ele está disposto a quantas adaptações forem necessárias durante o trajeto.

“Foi bom me adaptar ao futebol britânico, porque estive em Portugal e o estilo de futebol é bastante semelhante. Por isso não foi um grande desafio. Isso me ajudou a me adaptar rapidamente”. Pela desenvoltura, o atleta é visto como alguém com potencial para alcançar níveis mais altos no futebol, incluindo a possibilidade de jogar na Premier League no futuro.