"Achei que tinha perdido você". Palavras carregadas de emoção foram ditas por uma criança de sete anos ao ver a mãe voltando para casa após dias no hospital. Vítima de tentativa de feminicídio, a mulher foi esfaqueada seis vezes pelo ex-marido, que não aceitava o fim do relacionamento. O homem chegou a fazer ameaças um dia antes do crime, pedindo que a ex desse um último beijo no filho do casal.
Já em casa e se recuperando, a vítima conversou com o Campo Grande News, mas terá o nome preservado pela reportagem. Ela contou um pouco sobre o relacionamento com o suspeito de cometer o crime e sobre os momentos que antecederam as facadas na manhã do dia 10 de junho, quando saía de casa, no Jardim das Cerejeiras, em Campo Grande.
Segundo ela, o casal havia separado há cerca de 3 semanas. "Nosso casamento não estava indo bem por causa do problema dele com drogas. Em outubro do ano passado eu disse a que se não parasse de usar eu estava fora, porque meu filho está com 7 anos e já entende as coisas", conta a vítima. Na sexta-feira, três dias antes do crime, a mulher decidiu sair de casa com o filho e foi morar com a mãe.
Ele então começou a mandar mensagens, mostrando que estava jogando minhas coisas no meio da rua. Estava alterado e agressivo", lembra. No sábado pela manhã, surpreendeu a vítima na porta do condomínio da mãe dela. "Fui sair para trabalhar e ele estava escondido. Saiu do carro com tudo e foi me agredindo".
Diante das ameaças constantes, a mulher decidiu procurar a polícia. "Ele achava que eu estava saindo de casa por causa de outra pessoa. Me pedia para voltar e, como tinha sentimento, eu dizia que ele precisava mostrar mudança. Só que ele dizia que um dia iria descobrir quem era o cara", conta a mulher.
Cansada das mensagens, a mulher parou de responder o ex. "No domingo, pediu para levar nosso filho para comer um lanche e eu deixei, porque queria ter uma boa relação. Depois de duas horas, ele me devolveu nosso filho na porta do condomínio. Peguei e meu ex não falou nada", lembra.
Mas, na sequência, o homem passou a enviar diversas mensagens para ela. "Você não me ama mesmo, vou descobrir quem é o cara", dizia. Foi quando ele também mandou um texto dizendo para a ex dar o último beijo no filho. "Eu nunca imaginei que ele seria capaz de fazer uma coisa dessa, acreditei que seria mais uma das ameaças".
No outro dia, ela saiu para trabalhar, quando foi esfaqueada.
Como eu já estava com medo, ia e voltava de motorista de aplicativo. Nesse dia, dei um beijo no meu filho e na minha mãe, saí e estava olhando o celular para ver o motorista, quando me surpreendi com ele, com a mão dentro do casaco. Tentei correr para trás, mas ele me puxou pelos cabelos e falou 'vamos conversar sua vagabunda'. Nisso, foi dando socos na minha cabeça", relembra.
Na sequência, o homem desferiu as facadas. "Eu nem senti na hora, só gritava socorro e ele me mandava calar a boca. Como viu que estava chegando gente, ele fugiu. Naquele momento eu estava sem força, querendo dormir, e meu filho gritava. Quando ouvi ele, senti uma força enorme, Deus não podia me levar e me deixar sem meu filho, sem minha mãe".
A mulher passou quatro dias no hospital e já recebeu alta. Agora em casa, sente medo. "Tenho medo até ele ser preso, o primeiro passo para eu conseguir respirar é a prisão, só assim eu vou poder recomeçar".
Fonte: CampoGrandeNews"Achei que tinha perdido você". Palavras carregadas de emoção foram ditas por uma criança de sete anos ao ver a mãe voltando para casa após dias no hospital. Vítima de tentativa de feminicídio, a mulher foi esfaqueada seis vezes pelo ex-marido, que não aceitava o fim do relacionamento. O homem chegou a fazer ameaças um dia antes do crime, pedindo que a ex desse um último beijo no filho do casal.
Já em casa e se recuperando, a vítima conversou com o Campo Grande News, mas terá o nome preservado pela reportagem. Ela contou um pouco sobre o relacionamento com o suspeito de cometer o crime e sobre os momentos que antecederam as facadas na manhã do dia 10 de junho, quando saía de casa, no Jardim das Cerejeiras, em Campo Grande.
Segundo ela, o casal havia separado há cerca de 3 semanas. "Nosso casamento não estava indo bem por causa do problema dele com drogas. Em outubro do ano passado eu disse a que se não parasse de usar eu estava fora, porque meu filho está com 7 anos e já entende as coisas", conta a vítima. Na sexta-feira, três dias antes do crime, a mulher decidiu sair de casa com o filho e foi morar com a mãe.
Ele então começou a mandar mensagens, mostrando que estava jogando minhas coisas no meio da rua. Estava alterado e agressivo", lembra. No sábado pela manhã, surpreendeu a vítima na porta do condomínio da mãe dela. "Fui sair para trabalhar e ele estava escondido. Saiu do carro com tudo e foi me agredindo".
Diante das ameaças constantes, a mulher decidiu procurar a polícia. "Ele achava que eu estava saindo de casa por causa de outra pessoa. Me pedia para voltar e, como tinha sentimento, eu dizia que ele precisava mostrar mudança. Só que ele dizia que um dia iria descobrir quem era o cara", conta a mulher.
Cansada das mensagens, a mulher parou de responder o ex. "No domingo, pediu para levar nosso filho para comer um lanche e eu deixei, porque queria ter uma boa relação. Depois de duas horas, ele me devolveu nosso filho na porta do condomínio. Peguei e meu ex não falou nada", lembra.
Mas, na sequência, o homem passou a enviar diversas mensagens para ela. "Você não me ama mesmo, vou descobrir quem é o cara", dizia. Foi quando ele também mandou um texto dizendo para a ex dar o último beijo no filho. "Eu nunca imaginei que ele seria capaz de fazer uma coisa dessa, acreditei que seria mais uma das ameaças".
No outro dia, ela saiu para trabalhar, quando foi esfaqueada.
Como eu já estava com medo, ia e voltava de motorista de aplicativo. Nesse dia, dei um beijo no meu filho e na minha mãe, saí e estava olhando o celular para ver o motorista, quando me surpreendi com ele, com a mão dentro do casaco. Tentei correr para trás, mas ele me puxou pelos cabelos e falou 'vamos conversar sua vagabunda'. Nisso, foi dando socos na minha cabeça", relembra.
Na sequência, o homem desferiu as facadas. "Eu nem senti na hora, só gritava socorro e ele me mandava calar a boca. Como viu que estava chegando gente, ele fugiu. Naquele momento eu estava sem força, querendo dormir, e meu filho gritava. Quando ouvi ele, senti uma força enorme, Deus não podia me levar e me deixar sem meu filho, sem minha mãe".
A mulher passou quatro dias no hospital e já recebeu alta. Agora em casa, sente medo. "Tenho medo até ele ser preso, o primeiro passo para eu conseguir respirar é a prisão, só assim eu vou poder recomeçar".