"Executar sem dó, entendeu", diz trecho do bilhete interceptado no Estabelecimento Penal de Segurança Máxima Jair Ferreira de Carvalho. As ameaças de morte - em papel arremessado ao presídio há cerca de uma semana - são contra três policiais penais. Ontem de madrugada, suspeitos atiraram contra a torre dos agentes e, mais tarde, um dos suspeitos morreu em troca de tiros com o Batalhão de Choque da Polícia Militar.
No bilhete escrito à mão, as ameaças citam nomes de policiais penais e afirmam que quem "pegar primeiro, é para executar sem dó". No texto, afirma que o grupo tem ferramentas, ou seja, armas necessárias para cometer o crime e estrutura para abrigar os comparsas.
"(...) por minha conta truta, é para pegar, pois me bateram muito lá na Máxima. É para pegar sem dó, entendeu, pois tem dois meses que to mandando essas ideias mano. (...) tá na hora de dar uma resposta a altura, tenho dois carros (...) tô só o ódio, zica, vamos para lutar (sic)", diz trecho do bilhete.
Entenda - Por volta das 23h30 de sábado, 18 de maio, um policial penal percebeu movimentação no terreno baldio da Rua Bananal que fica ao lado do presídio de Segurança Máxima. Ao checar o barulho viu dois homens tirando foto dele.
Após direcionar a lanterna em direção aos suspeitos, o servidor foi surpreendido com três tiros e viu cerca de 10 homens no local. O policial revidou e atirou contra os suspeitos que continuaram disparando em sua direção.
Outro servidor que também estava no plantão ouviu o barulho do tiroteio e foi verificar o que estava acontecendo. Ao perceber a troca de tiros, ele também atirou contra os homens. Na sequência os bandidos fugiram.
O SINSAPP/MS (Sindicato dos Policiais Penais de Mato Grosso do Sul) cobra posicionamento da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública) e Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário). “Hoje estivemos lá, estamos acompanhando a situação, tem suspeita contundente de que foi um atentado e vamos cobrar. Já que Agepen não tomou atitude, vamos cobrar a Secretaria de Justiça. A unidade não tinha coletes para que os demais servidores pudessem colaborar nessa ação”, disse o presidente do sindicato dos policias penais, André Santiago.
Em nota oficial, a Agepen informou que o serviço de inteligência está apurando as circunstâncias e motivação do ocorrido. “A Agepen tem adotado uma série de medidas para reforçar a segurança no local, entre elas a instalação de telamentos sobre os pavilhões, já em andamento, com o objetivo de coibir arremessos de ilícitos nos pátios".
Na nota, a agência informa, ainda que deu início a treinamento de defesa e combate nas torres do presídio. Os servidores já passaram pela fase teórica e, agora, farão a parte prática. Outras medidas também estariam sendo tomadas, "mas ainda devem ser mantidas em sigilo, por questões de segurança”, completou Agepen.
Morte – Mais tarde, um dos suspeitos de atirar contra a torre dos policiais penais morreu durante abordagem no Jardim Noroeste. Policiais do Batalhão de Choque foram acionados e, nas buscas pelos suspeitos, encontrou um homem andando a pé na Rua Adventor Divino de Almeida. Em tentativa de abordagem, o suspeito reagiu e houve troca de tiros.
Atingido, ele foi socorrido para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Nova Bahia, mas não resistiu ao ferimento e morreu. O suspeito foi identificado como Milton Cezar Santos de Souza, 35 anos, conhecido como “Cezinha”, acusado de estuprar e matar uma mulher, em junho de 2022. - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS
Fonte: CampoGrandeNews"Executar sem dó, entendeu", diz trecho do bilhete interceptado no Estabelecimento Penal de Segurança Máxima Jair Ferreira de Carvalho. As ameaças de morte - em papel arremessado ao presídio há cerca de uma semana - são contra três policiais penais. Ontem de madrugada, suspeitos atiraram contra a torre dos agentes e, mais tarde, um dos suspeitos morreu em troca de tiros com o Batalhão de Choque da Polícia Militar.
No bilhete escrito à mão, as ameaças citam nomes de policiais penais e afirmam que quem "pegar primeiro, é para executar sem dó". No texto, afirma que o grupo tem ferramentas, ou seja, armas necessárias para cometer o crime e estrutura para abrigar os comparsas.
"(...) por minha conta truta, é para pegar, pois me bateram muito lá na Máxima. É para pegar sem dó, entendeu, pois tem dois meses que to mandando essas ideias mano. (...) tá na hora de dar uma resposta a altura, tenho dois carros (...) tô só o ódio, zica, vamos para lutar (sic)", diz trecho do bilhete.
Entenda - Por volta das 23h30 de sábado, 18 de maio, um policial penal percebeu movimentação no terreno baldio da Rua Bananal que fica ao lado do presídio de Segurança Máxima. Ao checar o barulho viu dois homens tirando foto dele.
Após direcionar a lanterna em direção aos suspeitos, o servidor foi surpreendido com três tiros e viu cerca de 10 homens no local. O policial revidou e atirou contra os suspeitos que continuaram disparando em sua direção.
Outro servidor que também estava no plantão ouviu o barulho do tiroteio e foi verificar o que estava acontecendo. Ao perceber a troca de tiros, ele também atirou contra os homens. Na sequência os bandidos fugiram.
O SINSAPP/MS (Sindicato dos Policiais Penais de Mato Grosso do Sul) cobra posicionamento da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública) e Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário). “Hoje estivemos lá, estamos acompanhando a situação, tem suspeita contundente de que foi um atentado e vamos cobrar. Já que Agepen não tomou atitude, vamos cobrar a Secretaria de Justiça. A unidade não tinha coletes para que os demais servidores pudessem colaborar nessa ação”, disse o presidente do sindicato dos policias penais, André Santiago.
Em nota oficial, a Agepen informou que o serviço de inteligência está apurando as circunstâncias e motivação do ocorrido. “A Agepen tem adotado uma série de medidas para reforçar a segurança no local, entre elas a instalação de telamentos sobre os pavilhões, já em andamento, com o objetivo de coibir arremessos de ilícitos nos pátios".
Na nota, a agência informa, ainda que deu início a treinamento de defesa e combate nas torres do presídio. Os servidores já passaram pela fase teórica e, agora, farão a parte prática. Outras medidas também estariam sendo tomadas, "mas ainda devem ser mantidas em sigilo, por questões de segurança”, completou Agepen.
Morte – Mais tarde, um dos suspeitos de atirar contra a torre dos policiais penais morreu durante abordagem no Jardim Noroeste. Policiais do Batalhão de Choque foram acionados e, nas buscas pelos suspeitos, encontrou um homem andando a pé na Rua Adventor Divino de Almeida. Em tentativa de abordagem, o suspeito reagiu e houve troca de tiros.
Atingido, ele foi socorrido para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Nova Bahia, mas não resistiu ao ferimento e morreu. O suspeito foi identificado como Milton Cezar Santos de Souza, 35 anos, conhecido como “Cezinha”, acusado de estuprar e matar uma mulher, em junho de 2022. - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS