Só nos primeiros 12 dias deste mês, o Pantanal já registrou o maior número de focos de incêndios para um mês de junho de toda a série histórica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), iniciada em 1998.
Os dados são do Programa de BDQueimadas, do Inpe, que usa satélites de referência para mapear os focos de incêndio no bioma.
Se comparados os dados de todos os meses de junho desde 1998, o ano de 2024 é o pior. Em segundo, está junho de 2005 quando foram 435 focos. Se comparados os dados de 2024 e 2005, o aumento neste ano é de 77% (veja o gráfico abaixo):
Nem em 2020, quando incêndios consumiram 26% do bioma, foram registrados tantos focos de incêndio como em junho de 2024. Na comparação com 2020, quando foram 406 focos em todo o mês de junho, o aumento de focos de queimada já é de 90% neste ano.
Segundo o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa-UFRJ), até maio deste ano, 332 mil hectares do bioma foram consumidos pelas chamas. O Pantanal tem 16 milhões de hectares.
Bombeiros combatem incêndios no Pantanal de Mato Grosso do Sul, em Corumbá, no dia 7 de junho de 2024 — Foto: CBMMS/Reprodução
A extensão destruída entre janeiro e maio superou em 39% o registrado no mesmo período de 2020, o pior ano da série histórica até então. Desde janeiro de 2024, uma área duas vezes maior que o tamanho da cidade de São Paulo já queimou no Pantanal, conforme o Lasa-UFRJ.
Neste ano, a temporada das chamas, que começaria em julho, chegou mais cedo e com força. Em MS e no MT, os focos de incêndio nos seis primeiros meses de 2024 aumentaram 1127% se comparado ao mesmo período de 2023.
Para especialistas, a escalada do fogo em 2024 caminha para um cenário semelhante ao de 2020, até então o pior ano para o Pantanal desde o fim da década de 1990. Um estudo realizado por 30 pesquisadores de órgãos públicos, universidades e ONGs estimou que, naquele ano, ao menos, 17 milhões de animais vertebrados morreram em consequência direta das queimadas no Pantanal.
O representante da ONG SOS Pantanal, o biólogo Gustavo Figueirôa, vê com muita preocupação o aumento das chamas e o início de um período mais seco no bioma.
"Vemos estes incêndios se alastrando de forma muito rápida, ganhando uma força grande e a tendência é só piorar daqui para frente. Acho que esse é o sinal para que os órgãos públicos ajam em conjunto, cooperem para atuar quanto antes, não esperar a situação sair completamente fora de controle para tentarem atacar só na remediação", pontua Figueirôa.
Só nos primeiros 12 dias deste mês, o Pantanal já registrou o maior número de focos de incêndios para um mês de junho de toda a série histórica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), iniciada em 1998.
De 1º de junho até essa quarta-feira (12), 733 focos de queimadas foram registrados em todo o bioma, que no Brasil fica no Mato Grosso do Sul e no Mato Grosso. Vídeos mostram a destruição na área (veja acima).
Os dados são do Programa de BDQueimadas, do Inpe, que usa satélites de referência para mapear os focos de incêndio no bioma.
Se comparados os dados de todos os meses de junho desde 1998, o ano de 2024 é o pior. Em segundo, está junho de 2005 quando foram 435 focos. Se comparados os dados de 2024 e 2005, o aumento neste ano é de 77% (veja o gráfico abaixo):
Nem em 2020, quando incêndios consumiram 26% do bioma, foram registrados tantos focos de incêndio como em junho de 2024. Na comparação com 2020, quando foram 406 focos em todo o mês de junho, o aumento de focos de queimada já é de 90% neste ano.
Segundo o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa-UFRJ), até maio deste ano, 332 mil hectares do bioma foram consumidos pelas chamas. O Pantanal tem 16 milhões de hectares.
Bombeiros combatem incêndios no Pantanal de Mato Grosso do Sul, em Corumbá, no dia 7 de junho de 2024 — Foto: CBMMS/Reprodução
A extensão destruída entre janeiro e maio superou em 39% o registrado no mesmo período de 2020, o pior ano da série histórica até então. Desde janeiro de 2024, uma área duas vezes maior que o tamanho da cidade de São Paulo já queimou no Pantanal, conforme o Lasa-UFRJ.
Neste ano, a temporada das chamas, que começaria em julho, chegou mais cedo e com força. Em MS e no MT, os focos de incêndio nos seis primeiros meses de 2024 aumentaram 1127% se comparado ao mesmo período de 2023.
Para especialistas, a escalada do fogo em 2024 caminha para um cenário semelhante ao de 2020, até então o pior ano para o Pantanal desde o fim da década de 1990. Um estudo realizado por 30 pesquisadores de órgãos públicos, universidades e ONGs estimou que, naquele ano, ao menos, 17 milhões de animais vertebrados morreram em consequência direta das queimadas no Pantanal.
O representante da ONG SOS Pantanal, o biólogo Gustavo Figueirôa, vê com muita preocupação o aumento das chamas e o início de um período mais seco no bioma.
"Vemos estes incêndios se alastrando de forma muito rápida, ganhando uma força grande e a tendência é só piorar daqui para frente. Acho que esse é o sinal para que os órgãos públicos ajam em conjunto, cooperem para atuar quanto antes, não esperar a situação sair completamente fora de controle para tentarem atacar só na remediação", pontua Figueirôa.