Testemunhas de acusação começaram a serem ouvidas pela justiça nesta segunda-feira (29) sobre a morte de Andressa Fernandes Teixeira, 29 anos, ocorrida no dia 20 de abril deste ano, no Bairro Nova Campo Grande, na Capital. A mulher foi atropelada pelo marido, Willames Monteiro dos Santos, 33, após discussão do casal. O homem afirma se tratar de acidente, mas elementos levantados pela investigação, demonstram o contrário.
O que reforça isso é a perícia feita em local de crime e no veículo naquele sábado. O perito afirma que o marido percebeu o acidente. "O carro tem um dispositivo que quando engata a marcha ré o volume do som some, desliga, e nós atestamos isso", disse. Ou seja, o homem poderia ter ouvido um pedido de socorro.
Outro ponto exposto pelo profissional foi sobre as condições do veículo: "atestamos que tinha freio e câmera de ré no veículo, sendo que tudo funcionava muito bem", ponderou. A iluminação era boa no dia do acidente, o que descarta também a alegação de Willames não ter visto a esposa. Além disso, ele passou com o carro por duas vezes sobre a vítima.
O depoimento do perito foi apenas um dos coletados hoje. Dois policiais militares que atenderam a ocorrência, uma vizinha da vítima, a mãe de Andressa e os filhas do casal, que presenciaram o crime, também foram ouvidos pela justiça nesta segunda-feira.
Emocionada e chorando, a mãe de Andressa apenas descreveu que o casal brigava muito e no dia do crime, todas testemunhas pediram para que Willames parasse o carro. "Minha neta e meu neto gritava para ele parar, não só eles, mas os vizinhos também", lembra a mulher. Ainda haverá outra audiência com testemunhas de defesa, sem data divulgada.
Entenda - O casal estava na Avenida Cinco, no Bairro Nova Campo Grande, quando houve a discussão. Andressa tentou impedir que o homem saísse de casa dirigindo bêbado e se sentou na frente do portão. Willames deu ré no veículo e atropelou a esposa que morreu esmagada, presa embaixo do carro.
Corpo da vítima coberto com lençol branco, em frente a casa onde morava com o suspeito e os filhos (Foto: Reprodução)
O Corpo de Bombeiros foi acionado pela vizinha, mas enquanto o socorro era chamado, Willames ligou para familiares que foram ao local e fizeram a retirada do veículo Volkswagen Polo. Quando os militares chegaram, o homem estava alterado e foi contido até a chegada da polícia. O carro foi encontrado em uma rua perto do local e ele preso em flagrante.
Porém durante a audiência de custódia, realizada no dia 22 de abril, Willames teve a liberdade provisória concedida com uso de tornozeleira eletrônica. A decisão assinada pelo juiz Francisco Vieira de Andrade Neto levou em consideração o fato do homem ser réu primário, ter residência fixa e ocupação lícita.
Dias depois o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) entrou com pedido de prisão preventiva de Willames. Para promotora Luciana do Amaral, o homem agiu intencionalmente e mantê-lo em liberdade poderia gerar interferências na conclusão do inquérito. Então, o juiz Aluizio Pereira dos Santos decretou a preventiva do acusado no dia 30 de abril.
Willames acabou sendo preso novamente dia 3 de maio por equipe da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), encontrado na casa de familiares no mesmo bairro onde o crime aconteceu.
Fonte: CampoGrandeNewsTestemunhas de acusação começaram a serem ouvidas pela justiça nesta segunda-feira (29) sobre a morte de Andressa Fernandes Teixeira, 29 anos, ocorrida no dia 20 de abril deste ano, no Bairro Nova Campo Grande, na Capital. A mulher foi atropelada pelo marido, Willames Monteiro dos Santos, 33, após discussão do casal. O homem afirma se tratar de acidente, mas elementos levantados pela investigação, demonstram o contrário.
O que reforça isso é a perícia feita em local de crime e no veículo naquele sábado. O perito afirma que o marido percebeu o acidente. "O carro tem um dispositivo que quando engata a marcha ré o volume do som some, desliga, e nós atestamos isso", disse. Ou seja, o homem poderia ter ouvido um pedido de socorro.
Outro ponto exposto pelo profissional foi sobre as condições do veículo: "atestamos que tinha freio e câmera de ré no veículo, sendo que tudo funcionava muito bem", ponderou. A iluminação era boa no dia do acidente, o que descarta também a alegação de Willames não ter visto a esposa. Além disso, ele passou com o carro por duas vezes sobre a vítima.
O depoimento do perito foi apenas um dos coletados hoje. Dois policiais militares que atenderam a ocorrência, uma vizinha da vítima, a mãe de Andressa e os filhas do casal, que presenciaram o crime, também foram ouvidos pela justiça nesta segunda-feira.
Emocionada e chorando, a mãe de Andressa apenas descreveu que o casal brigava muito e no dia do crime, todas testemunhas pediram para que Willames parasse o carro. "Minha neta e meu neto gritava para ele parar, não só eles, mas os vizinhos também", lembra a mulher. Ainda haverá outra audiência com testemunhas de defesa, sem data divulgada.
Entenda - O casal estava na Avenida Cinco, no Bairro Nova Campo Grande, quando houve a discussão. Andressa tentou impedir que o homem saísse de casa dirigindo bêbado e se sentou na frente do portão. Willames deu ré no veículo e atropelou a esposa que morreu esmagada, presa embaixo do carro.
Corpo da vítima coberto com lençol branco, em frente a casa onde morava com o suspeito e os filhos (Foto: Reprodução)
O Corpo de Bombeiros foi acionado pela vizinha, mas enquanto o socorro era chamado, Willames ligou para familiares que foram ao local e fizeram a retirada do veículo Volkswagen Polo. Quando os militares chegaram, o homem estava alterado e foi contido até a chegada da polícia. O carro foi encontrado em uma rua perto do local e ele preso em flagrante.
Porém durante a audiência de custódia, realizada no dia 22 de abril, Willames teve a liberdade provisória concedida com uso de tornozeleira eletrônica. A decisão assinada pelo juiz Francisco Vieira de Andrade Neto levou em consideração o fato do homem ser réu primário, ter residência fixa e ocupação lícita.
Dias depois o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) entrou com pedido de prisão preventiva de Willames. Para promotora Luciana do Amaral, o homem agiu intencionalmente e mantê-lo em liberdade poderia gerar interferências na conclusão do inquérito. Então, o juiz Aluizio Pereira dos Santos decretou a preventiva do acusado no dia 30 de abril.
Willames acabou sendo preso novamente dia 3 de maio por equipe da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), encontrado na casa de familiares no mesmo bairro onde o crime aconteceu.