Sentimento de impotência: É assim que a mãe da menina de 5 anos abusada em uma escola de alto padrão, em Campo Grande, no mês de setembro, tem se sentido ao lidar com os indícios de crime cometido contra a sua filha, por uma auxiliar de professora.
“Estou me sentindo péssima. Minha filha está fazendo terapia”, disse a mãe da criança abusada pela auxiliar de professora. A mulher contou que a filha está muito assustada e que tem crises de ansiedade e reforçou que outras crianças também teriam sido agredidas e sofrido agressão psicológica.
Conforme o relato da mãe da criança, a filha teria perguntado, ainda, se iria morrer. “Ela está com medo porque a professora falava que o monstro viria pegar, caso contassem alguma coisa para alguém”. Ainda de acordo com a mãe, desde o ano passado, muitos pais passaram a desconfiar do comportamento dos filhos, e quando foram até a escola para conversar foram ameaçados.
“A escola tem esta conduta de fazer ameaças. Você não pode falar nada da escola”, disse a mãe que ainda acrescentou que a escola disse que processaria os pais, caso não abafassem o caso. “Muitos pais estavam passando por problemas em casa, e começaram a acreditar que isto seria o estopim para o comportamento dos filhos”, disse a mãe.
A mãe ainda relatou o terror que a filha passou a viver desde 2023. “Minha filha relatou diversas vezes dores de cabeça e dores abdominais sem motivo aparente, eu levei ela inúmeras vezes ao médico e nunca achamos causa para as queixas. Eu sempre conversei muito com a escola, mas era repassado muita segurança para os pais e fui iludida de que estava tudo bem, que era apenas coisa de criança”.
Confira o manifesto na íntegra:
“Tinha plena confiança na escola. E mesmo com minha filha me pedindo para sair, eu a mantive lá, justamente por confiar na escola. E ela acabou se acostumando com as agressões e terror psicológico. Desde início 2023, relatou diversas vezes de dores de cabeça e dores abdominais sem motivo aparente, eu levei ela inúmeras vezes ao médico e nunca achamos causa para as queixas. Eu sempre conversei muito com a escola, mas era repassado muita segurança para os pais e fui iludida de que estava tudo bem, que era apenas coisa de criança.
“A escola banalizou a denúncia, não se importou com a criança que cresceu lá dentro, nunca questionou nada sobre o fato, nunca me deram nenhum apoio, muito pelo contrário, negaram as imagens de câmeras quando foi solicitado, imagens extremamente importantes para o processo. Eu sei que a escola viu as imagens e constataram os abusos. É muito triste e deprimente não ter tido nenhum tipo de apoio da escola que depositei minha confiança, meu bem maior, mais precioso, tudo que eu considerava importante na minha vida naquela escola, e recebi em troca uma violência irreparável, descuido, descaso, indiferença e uma normalização de um caso tão grave.”
Denúncia de abusos na escola
A DEPCA (Delegacia de Pronto Atendimento à Criança e ao Adolescente) investiga o caso de uma auxiliar de sala de uma escola particular de alto padrão de Campo Grande, acusada de estuprar uma menina de 5 anos, agredir outras crianças e fazer terrorismo psicológico com os alunos.
Localizada no bairro central da cidade, a escola tem mensalidade de cerca de R$ 1,8 mil e atende principalmente crianças e bebês. Após os episódios, a menina passou a desenhar momentos de terror vividos com a auxiliar.
A mãe da menina procurou a delegacia no dia 30 de setembro, após descobrir o crime. No dia 26 de setembro, a mãe percebeu que a criança estava com as partes íntimas vermelhas e inchadas, com sinais de inflamação. A menina chorava de dor e não deixou a mãe higienizá-la.
Conforme a mãe, a criança sempre ia tomada banho e trocada para a escola. Antes desse episódio, não houve nenhum outro indicativo de manipulação das partes íntimas da menina na unidade de educação.
Assim, quando a mãe perguntou para a criança, ela acabou respondendo que a professora tinha secado a região com força. Desconfiada, a mãe da menina marcou a pediatra da filha para uma consulta, e a médica pediu encaminhamento para uma psicóloga. Assustada, a mulher procurou a delegacia especializada, onde foi feito o registro da ocorrência.
‘Carimbo do beijo’
A criança foi ouvida em depoimento especial na delegacia, como também por uma psicóloga particular. Durante as sessões, a menina fazia desenhos de língua, beijos e de monstros. Para a psicóloga, a criança relatou que a professora havia secado suas partes íntimas com a boca.
Ela ainda revelou que era o ‘carimbo do beijo’, que a professora dava nos alunos. Desta forma, a auxiliar de sala ‘ganhava a confiança’ das crianças fazendo uma espécie de jogo. Ela beijava o rosto, os braços e relatava que aquele era o ‘carimbo do beijo’. Assim, beijava também as partes íntimas, chamando o ato de ‘carimbo do beijo’.
Os abusos aconteciam durante o banho das crianças, já que é o único local onde não há câmeras de segurança na unidade escolar.
Ainda de acordo com informações, outras crianças teriam sido abusadas pela professora. Conforme informações obtidas com exclusividade pelo Jornal Midiamax, a auxiliar de sala também mostrava vídeos de monstros para as crianças, dizendo que o bicho iria ‘comer suas pernas e braços’.
A mulher ainda agredia as crianças com tapas nas pernas e pedia para que elas não contassem nada a ninguém, senão ‘o bicho viria pegá-las’. A menina abusada pela professora começou a apresentar comportamentos agressivos.
Conforme informações, a criança passou a bater no irmão pequeno e a fazer xixi na cama. Além disso, passou a fazer desenhos estranhos, pedindo para que colocassem fogo e jogassem em um vaso sanitário.
Informações são de que outras crianças sofreram terrorismo psicológico e agressões da professora.
Pedido de câmeras de segurança
A advogada da família da criança entrou com pedido para acesso às câmeras de segurança. “Imprescindível a solicitação de todas as imagens do circuito interno de câmeras de segurança do estabelecimento, entre os dias 25/09/2024 a 26/09/2024 para apuração da dinâmica dos fatos e apuração dos dados para solucionar como se deu o abuso sexual que vitimou a filha da Autora e possivelmente mais duas crianças da mesma idade e turma.
“Objetivo: verificar imagens para elucidar os fatos de quem deu banho na criança, de tempo de duração, se a porta estava fechada e avaliar o comportamento da vítima e da suposta agressora, não só no dia da agressão (abuso sexual na hora do banho), mas no dia anterior, verificar um padrão de trabalho das professoras”, diz o pedido.
O Jornal Midiamax entrou em contato com a escola para saber se a auxiliar de sala foi afastada ou quais procedimentos foram adotados e foi informado, em ligação gravada, que a professora ‘nunca fez parte do quadro de funcionários da unidade escolar’.
A informação é rebatida por mães de alunos, já que ainda na última terça-feira (29), ao buscar o filho na escola, foi relatado avistamento da auxiliar na unidade escolar, trabalhando e transitando normalmente.
Fonte: Midiamax
Sentimento de impotência: É assim que a mãe da menina de 5 anos abusada em uma escola de alto padrão, em Campo Grande, no mês de setembro, tem se sentido ao lidar com os indícios de crime cometido contra a sua filha, por uma auxiliar de professora.
“Estou me sentindo péssima. Minha filha está fazendo terapia”, disse a mãe da criança abusada pela auxiliar de professora. A mulher contou que a filha está muito assustada e que tem crises de ansiedade e reforçou que outras crianças também teriam sido agredidas e sofrido agressão psicológica.
Conforme o relato da mãe da criança, a filha teria perguntado, ainda, se iria morrer. “Ela está com medo porque a professora falava que o monstro viria pegar, caso contassem alguma coisa para alguém”. Ainda de acordo com a mãe, desde o ano passado, muitos pais passaram a desconfiar do comportamento dos filhos, e quando foram até a escola para conversar foram ameaçados.
“A escola tem esta conduta de fazer ameaças. Você não pode falar nada da escola”, disse a mãe que ainda acrescentou que a escola disse que processaria os pais, caso não abafassem o caso. “Muitos pais estavam passando por problemas em casa, e começaram a acreditar que isto seria o estopim para o comportamento dos filhos”, disse a mãe.
A mãe ainda relatou o terror que a filha passou a viver desde 2023. “Minha filha relatou diversas vezes dores de cabeça e dores abdominais sem motivo aparente, eu levei ela inúmeras vezes ao médico e nunca achamos causa para as queixas. Eu sempre conversei muito com a escola, mas era repassado muita segurança para os pais e fui iludida de que estava tudo bem, que era apenas coisa de criança”.
Confira o manifesto na íntegra:
“Tinha plena confiança na escola. E mesmo com minha filha me pedindo para sair, eu a mantive lá, justamente por confiar na escola. E ela acabou se acostumando com as agressões e terror psicológico. Desde início 2023, relatou diversas vezes de dores de cabeça e dores abdominais sem motivo aparente, eu levei ela inúmeras vezes ao médico e nunca achamos causa para as queixas. Eu sempre conversei muito com a escola, mas era repassado muita segurança para os pais e fui iludida de que estava tudo bem, que era apenas coisa de criança.
“A escola banalizou a denúncia, não se importou com a criança que cresceu lá dentro, nunca questionou nada sobre o fato, nunca me deram nenhum apoio, muito pelo contrário, negaram as imagens de câmeras quando foi solicitado, imagens extremamente importantes para o processo. Eu sei que a escola viu as imagens e constataram os abusos. É muito triste e deprimente não ter tido nenhum tipo de apoio da escola que depositei minha confiança, meu bem maior, mais precioso, tudo que eu considerava importante na minha vida naquela escola, e recebi em troca uma violência irreparável, descuido, descaso, indiferença e uma normalização de um caso tão grave.”
Denúncia de abusos na escola
A DEPCA (Delegacia de Pronto Atendimento à Criança e ao Adolescente) investiga o caso de uma auxiliar de sala de uma escola particular de alto padrão de Campo Grande, acusada de estuprar uma menina de 5 anos, agredir outras crianças e fazer terrorismo psicológico com os alunos.
Localizada no bairro central da cidade, a escola tem mensalidade de cerca de R$ 1,8 mil e atende principalmente crianças e bebês. Após os episódios, a menina passou a desenhar momentos de terror vividos com a auxiliar.
A mãe da menina procurou a delegacia no dia 30 de setembro, após descobrir o crime. No dia 26 de setembro, a mãe percebeu que a criança estava com as partes íntimas vermelhas e inchadas, com sinais de inflamação. A menina chorava de dor e não deixou a mãe higienizá-la.
Conforme a mãe, a criança sempre ia tomada banho e trocada para a escola. Antes desse episódio, não houve nenhum outro indicativo de manipulação das partes íntimas da menina na unidade de educação.
Assim, quando a mãe perguntou para a criança, ela acabou respondendo que a professora tinha secado a região com força. Desconfiada, a mãe da menina marcou a pediatra da filha para uma consulta, e a médica pediu encaminhamento para uma psicóloga. Assustada, a mulher procurou a delegacia especializada, onde foi feito o registro da ocorrência.
‘Carimbo do beijo’
A criança foi ouvida em depoimento especial na delegacia, como também por uma psicóloga particular. Durante as sessões, a menina fazia desenhos de língua, beijos e de monstros. Para a psicóloga, a criança relatou que a professora havia secado suas partes íntimas com a boca.
Ela ainda revelou que era o ‘carimbo do beijo’, que a professora dava nos alunos. Desta forma, a auxiliar de sala ‘ganhava a confiança’ das crianças fazendo uma espécie de jogo. Ela beijava o rosto, os braços e relatava que aquele era o ‘carimbo do beijo’. Assim, beijava também as partes íntimas, chamando o ato de ‘carimbo do beijo’.
Os abusos aconteciam durante o banho das crianças, já que é o único local onde não há câmeras de segurança na unidade escolar.
Ainda de acordo com informações, outras crianças teriam sido abusadas pela professora. Conforme informações obtidas com exclusividade pelo Jornal Midiamax, a auxiliar de sala também mostrava vídeos de monstros para as crianças, dizendo que o bicho iria ‘comer suas pernas e braços’.
A mulher ainda agredia as crianças com tapas nas pernas e pedia para que elas não contassem nada a ninguém, senão ‘o bicho viria pegá-las’. A menina abusada pela professora começou a apresentar comportamentos agressivos.
Conforme informações, a criança passou a bater no irmão pequeno e a fazer xixi na cama. Além disso, passou a fazer desenhos estranhos, pedindo para que colocassem fogo e jogassem em um vaso sanitário.
Informações são de que outras crianças sofreram terrorismo psicológico e agressões da professora.
Pedido de câmeras de segurança
A advogada da família da criança entrou com pedido para acesso às câmeras de segurança. “Imprescindível a solicitação de todas as imagens do circuito interno de câmeras de segurança do estabelecimento, entre os dias 25/09/2024 a 26/09/2024 para apuração da dinâmica dos fatos e apuração dos dados para solucionar como se deu o abuso sexual que vitimou a filha da Autora e possivelmente mais duas crianças da mesma idade e turma.
“Objetivo: verificar imagens para elucidar os fatos de quem deu banho na criança, de tempo de duração, se a porta estava fechada e avaliar o comportamento da vítima e da suposta agressora, não só no dia da agressão (abuso sexual na hora do banho), mas no dia anterior, verificar um padrão de trabalho das professoras”, diz o pedido.
O Jornal Midiamax entrou em contato com a escola para saber se a auxiliar de sala foi afastada ou quais procedimentos foram adotados e foi informado, em ligação gravada, que a professora ‘nunca fez parte do quadro de funcionários da unidade escolar’.
A informação é rebatida por mães de alunos, já que ainda na última terça-feira (29), ao buscar o filho na escola, foi relatado avistamento da auxiliar na unidade escolar, trabalhando e transitando normalmente.