O "Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira" (Revalida) é realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) e tem como objetivo validar o diploma de graduação em medicina de profissionais formados em universidades fora do Brasil. O INEP ainda não divulgou de quais países são oriundos os certificados dos candidatos que participarão da primeira edição da prova de 2024 - que acontece no próximo domingo, dia 17 de março, mas, nos últimos anos, chama a atenção a quantidade de médicos formados em universidades que localizam-se no Paraguai.
Existem pelo menos 16 faculdades somente nas cidades de fronteira com o Brasil, 90% delas em Pedro Juan Caballero (fronteira com Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul e Ciudad del Este (fronteira com Foz do Iguaçu, no Paraná.
Não há números oficiais sobre a quantidade de brasileiros que cursam medicina no Paraguai. Porém, órgãos de migrações e imprensa do país vizinho citam entre 40 a 45 mil brasileiros. Luciano Stremel Barros, Presidente do Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras (IDESF) explica que este fenômeno começou a ocorrer com mais frequência a partir dos anos 2000. "Antes, era mais comum observar brasileiros dirigirem-se para países como Argentina, Bolívia e Cuba para estudar medicina. Entretanto, o Paraguai viu uma oportunidade de atrair mais brasileiros com valores de mensalidades mais acessíveis e algo que é muito comum, o estudante residir no Brasil e estudar no país vizinho". Com isso, criaram-se movimentos migratórios de estudantes de todas as regiões do Brasil para cursar medicina no Paraguai.
Luciano também destaca que isso tem impacto importante para as cidades de fronteira, por todo o setor de serviços que tais pessoas movimentam. "Precisamos de uma atenção do poder público para dar condições para que os municípios atendam bem estas pessoas e que também haja uma sensibilidade em termos de recursos e infraestrutura para as cidades de fronteira, visto que na maior parte dos casos, esta população flutuante não é identificada, por exemplo, nos Censos".
"Também precisamos pensar nos aspectos inovativos em relação à temática: o diálogo e a cooperação entre os dois países para intercambiar conhecimentos. Haveria ganhos para ambos, por exemplo, na criação de hospitais e demais serviços médicos ou o próprio atendimento destes estudantes por um período específico em regiões do Brasil que não têm acesso a atendimento médico".
Fonte: DouradosNewsO "Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira" (Revalida) é realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) e tem como objetivo validar o diploma de graduação em medicina de profissionais formados em universidades fora do Brasil. O INEP ainda não divulgou de quais países são oriundos os certificados dos candidatos que participarão da primeira edição da prova de 2024 - que acontece no próximo domingo, dia 17 de março, mas, nos últimos anos, chama a atenção a quantidade de médicos formados em universidades que localizam-se no Paraguai.
Existem pelo menos 16 faculdades somente nas cidades de fronteira com o Brasil, 90% delas em Pedro Juan Caballero (fronteira com Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul e Ciudad del Este (fronteira com Foz do Iguaçu, no Paraná.
Não há números oficiais sobre a quantidade de brasileiros que cursam medicina no Paraguai. Porém, órgãos de migrações e imprensa do país vizinho citam entre 40 a 45 mil brasileiros. Luciano Stremel Barros, Presidente do Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras (IDESF) explica que este fenômeno começou a ocorrer com mais frequência a partir dos anos 2000. "Antes, era mais comum observar brasileiros dirigirem-se para países como Argentina, Bolívia e Cuba para estudar medicina. Entretanto, o Paraguai viu uma oportunidade de atrair mais brasileiros com valores de mensalidades mais acessíveis e algo que é muito comum, o estudante residir no Brasil e estudar no país vizinho". Com isso, criaram-se movimentos migratórios de estudantes de todas as regiões do Brasil para cursar medicina no Paraguai.
Luciano também destaca que isso tem impacto importante para as cidades de fronteira, por todo o setor de serviços que tais pessoas movimentam. "Precisamos de uma atenção do poder público para dar condições para que os municípios atendam bem estas pessoas e que também haja uma sensibilidade em termos de recursos e infraestrutura para as cidades de fronteira, visto que na maior parte dos casos, esta população flutuante não é identificada, por exemplo, nos Censos".
"Também precisamos pensar nos aspectos inovativos em relação à temática: o diálogo e a cooperação entre os dois países para intercambiar conhecimentos. Haveria ganhos para ambos, por exemplo, na criação de hospitais e demais serviços médicos ou o próprio atendimento destes estudantes por um período específico em regiões do Brasil que não têm acesso a atendimento médico".