Campo Grande terá a maior indústria de bovinos da América Latina e uma das três maiores da JBS no mundo. O anúncio foi feito pela empresa durante agenda do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realizada na Capital nesta sexta-feira (12).
A visita do presidente à Mato Grosso do Sul marca o primeiro embarque de carne bovina para a China, após a habilitação de 38 novos frigoríficos - incluindo o de Campo Grande. A empresa dos irmãos Wesley e Joesley Batista anunciou que para atender o mercado chinês dobrará a produção e o número de empregos diretos.
“A JBS anuncia que vai investir para dobrar a produção e os empregos dessa unidade. Vamos produzir e processar 4.400 animais por dia, aumentar em 2.300 o número de postos de trabalho somente nesta unidade. Serão 4.600 colaboradores somente aqui”, informou durante o evento o CEO global da JBS, Gilberto Tomazoni.
A Companhia vai investir R$ 150 milhões para permitir que, daqui um ano, o volume processado diariamente na fábrica passe de 2.200 para 4.400 animais. O CEO da JBS ainda informou que serão mais de R$ 3 bilhões em investimentos para as unidades de Mato Grosso do Sul até 2026.
Participam da cerimônia o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, entre outras autoridades públicas e lideranças empresariais.
“Essas 38 habilitações pra China significam um passo gigantesco para o agronegócio brasileiro. Significam crescimento, geração de emprego e renda. Para indústria, para o campo, para as pessoas, para o comércio, para cidades. Operamos em muitos países ao redor do mundo e nenhum deles é hoje tão atrativo quanto o Brasil para se investir no agronegócio”, completou Tomazoni.
O presidente parabenizou José Batista (Zé Mineiro) fundador da JBS e os filhos Joesley e Wesley pela ampliação do potencial produtivo. E ainda destacou que o frigorífico de Campo Grande foi visitado pelos chineses em 2018, mas não houve a abertura de mercado naquela ocasião.
“É uma alegria estar de volta ao Mato Grosso do Sul para participarmos do primeiro lote de proteína animal a ser enviado a China de uma das plantas frigoríficas habilitadas. É uma homenagem ao país chinês a gente entregar carnes de qualidade, abrindo novos mercados e gerando empregos no Brasil”, destacou o presidente Lula.
“E quanto mais qualidade a gente tiver, mais vamos exportar. É importante que a gente tenha noção que esse país merece a chance de crescer”, completou reforçando o potencial do Brasil em ampliar seus negócios no exterior.
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, ainda reforçou a importância de abrir novas possibilidades de mercado no exterior.
“As pessoas talvez não compreendam o que é abertura de mercado. Abrir mercado é gerar oportunidade, é construir acordos com os países para que a gente possa comprar e vender bilateralmente. Isso gera empregos aqui dentro e alavanca a economia”.
Conforme adiantou o Correio do Estado na edição de sexta-feira, a capacidade de abate de carne bovina que pode ser enviado para a China quintuplicou em Mato Grosso do Sul com a ampliação do número de frigoríficos habilitados a exportarem para o país asiático.
A capacidade passou de 11% para 57%, em números, o Estado tinha potencial de abater 467 mil cabeças de gado por ano para enviar aos chineses, e passa a um volume de 2,3 milhões anuais.
“Mato Grosso do Sul antes tinha, do seu rebanho e dos seus frigorificos “sifados”, 11% de capacidade do abate para ser exportado para a China. Isso [porcentual] está passando para 57%. Isso é um incremento gigantesco nas possibilidades de exportação do MS, e por isso também ele foi o Estado que mais cresceu.
Acho que por isso da escolha da gente ir para o Mato Grosso do Sul, fazer esse ato e vai gerar com certeza muitas divisas e mudar o perfil da pecuária no Estado”, afimou o secretário de Comércio e Relações Internacionais, Roberto Perosa.
Antes dessa recente lista de habilitações, divulgada pelo governo chinês em 12 de março, o Brasil contava com 106 plantas habilitadas para exportar ao país asiático. Agora são 144.
A unidade Campo Grande II da JBS foi uma das plantas habilitadas em março. Construída em 2007 e adquirida pela JBS em 2010, conta hoje com 2.300 colaboradores e produz, todos os dias, 440 toneladas de carne e 136 toneladas de hambúrgueres (ou 2,4 milhões de unidades). Além da China, a fábrica pode exportar para Estados Unidos, Argélia, Egito, Emirados Árabes Unidos, Argentina, União Europeia e Chile, entre outros.
Segundo pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisa Econômicas (Fipe), divulgada no ano passado, a JBS e as redes produtivas ligadas a ela movimentaram 2,1% do PIB brasileiro e contribuem para gerar 2,73% dos empregos do País.
Somente em Mato Grosso do Sul, o impacto chega a 3,79% do PIB e contribui para criar 7,2% dos postos de trabalho no Estado. Diretamente, a JBS emprega 155 mil pessoas em todo o Brasil, das quais 17 mil no Estado, que conta com 15 fábricas de bovinos, frangos e suínos. (Colaborou Evelyn Thamaris)
Fonte: Correio do EstadoCampo Grande terá a maior indústria de bovinos da América Latina e uma das três maiores da JBS no mundo. O anúncio foi feito pela empresa durante agenda do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realizada na Capital nesta sexta-feira (12).
A visita do presidente à Mato Grosso do Sul marca o primeiro embarque de carne bovina para a China, após a habilitação de 38 novos frigoríficos - incluindo o de Campo Grande. A empresa dos irmãos Wesley e Joesley Batista anunciou que para atender o mercado chinês dobrará a produção e o número de empregos diretos.
“A JBS anuncia que vai investir para dobrar a produção e os empregos dessa unidade. Vamos produzir e processar 4.400 animais por dia, aumentar em 2.300 o número de postos de trabalho somente nesta unidade. Serão 4.600 colaboradores somente aqui”, informou durante o evento o CEO global da JBS, Gilberto Tomazoni.
A Companhia vai investir R$ 150 milhões para permitir que, daqui um ano, o volume processado diariamente na fábrica passe de 2.200 para 4.400 animais. O CEO da JBS ainda informou que serão mais de R$ 3 bilhões em investimentos para as unidades de Mato Grosso do Sul até 2026.
Participam da cerimônia o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, entre outras autoridades públicas e lideranças empresariais.
“Essas 38 habilitações pra China significam um passo gigantesco para o agronegócio brasileiro. Significam crescimento, geração de emprego e renda. Para indústria, para o campo, para as pessoas, para o comércio, para cidades. Operamos em muitos países ao redor do mundo e nenhum deles é hoje tão atrativo quanto o Brasil para se investir no agronegócio”, completou Tomazoni.
O presidente parabenizou José Batista (Zé Mineiro) fundador da JBS e os filhos Joesley e Wesley pela ampliação do potencial produtivo. E ainda destacou que o frigorífico de Campo Grande foi visitado pelos chineses em 2018, mas não houve a abertura de mercado naquela ocasião.
“É uma alegria estar de volta ao Mato Grosso do Sul para participarmos do primeiro lote de proteína animal a ser enviado a China de uma das plantas frigoríficas habilitadas. É uma homenagem ao país chinês a gente entregar carnes de qualidade, abrindo novos mercados e gerando empregos no Brasil”, destacou o presidente Lula.
“E quanto mais qualidade a gente tiver, mais vamos exportar. É importante que a gente tenha noção que esse país merece a chance de crescer”, completou reforçando o potencial do Brasil em ampliar seus negócios no exterior.
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, ainda reforçou a importância de abrir novas possibilidades de mercado no exterior.
“As pessoas talvez não compreendam o que é abertura de mercado. Abrir mercado é gerar oportunidade, é construir acordos com os países para que a gente possa comprar e vender bilateralmente. Isso gera empregos aqui dentro e alavanca a economia”.
Conforme adiantou o Correio do Estado na edição de sexta-feira, a capacidade de abate de carne bovina que pode ser enviado para a China quintuplicou em Mato Grosso do Sul com a ampliação do número de frigoríficos habilitados a exportarem para o país asiático.
A capacidade passou de 11% para 57%, em números, o Estado tinha potencial de abater 467 mil cabeças de gado por ano para enviar aos chineses, e passa a um volume de 2,3 milhões anuais.
“Mato Grosso do Sul antes tinha, do seu rebanho e dos seus frigorificos “sifados”, 11% de capacidade do abate para ser exportado para a China. Isso [porcentual] está passando para 57%. Isso é um incremento gigantesco nas possibilidades de exportação do MS, e por isso também ele foi o Estado que mais cresceu.
Acho que por isso da escolha da gente ir para o Mato Grosso do Sul, fazer esse ato e vai gerar com certeza muitas divisas e mudar o perfil da pecuária no Estado”, afimou o secretário de Comércio e Relações Internacionais, Roberto Perosa.
Antes dessa recente lista de habilitações, divulgada pelo governo chinês em 12 de março, o Brasil contava com 106 plantas habilitadas para exportar ao país asiático. Agora são 144.
A unidade Campo Grande II da JBS foi uma das plantas habilitadas em março. Construída em 2007 e adquirida pela JBS em 2010, conta hoje com 2.300 colaboradores e produz, todos os dias, 440 toneladas de carne e 136 toneladas de hambúrgueres (ou 2,4 milhões de unidades). Além da China, a fábrica pode exportar para Estados Unidos, Argélia, Egito, Emirados Árabes Unidos, Argentina, União Europeia e Chile, entre outros.
Segundo pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisa Econômicas (Fipe), divulgada no ano passado, a JBS e as redes produtivas ligadas a ela movimentaram 2,1% do PIB brasileiro e contribuem para gerar 2,73% dos empregos do País.
Somente em Mato Grosso do Sul, o impacto chega a 3,79% do PIB e contribui para criar 7,2% dos postos de trabalho no Estado. Diretamente, a JBS emprega 155 mil pessoas em todo o Brasil, das quais 17 mil no Estado, que conta com 15 fábricas de bovinos, frangos e suínos. (Colaborou Evelyn Thamaris)