Depois de nove anos sem grandes manifestações, oficialmente começou neste 1º de maio a greve dos professores da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), o que pode atingir 25.369 estudantes no Estado em 138 cursos.
Como hoje é feriado, só nesta quinta-feira será possível saber o tamanho da adesão ao movimento. A categoria reivindica principalmente a reestruturação de carreira, reajuste salarial, de benefícios e revisão orçamentária. Apenas dois municípios sul-mato-grossenses não decidiram se vão aderir.
São 1.496 professores efetivos e 1.762 técnicos administrativos aqui no Estado. Atualmente a instituição mantém 10 campi em Mato Grosso do Sul, 8 votaram favoráveis à paralisação. "Vamos até Naviraí e Ponta Porã nesta semana conversar com a categoria porque não temos representantes nessas cidades", informa a presidente da Adufms (Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Mariuza Guimarães.
Até segunda-feira (29), 26 universidades e institutos federais do Brasil já haviam aderido à paralisação, contabiliza o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior. Em alguns locais pelo País, os professores cruzaram os braços em 15 de abril.
"Até dia 6 de maio esse número subirá para 37, porque vários outros estados já aprovaram indicativo de greve. Não tem como prever o tamanho da adesão aqui, mas nos outros locais o movimento foi ganhando forma no decorrer dos dias. O mesmo esperamos aqui", explica a presidente.
A última reunião antes da greve ocorreu na segunda-feira, para definir as estratégias a partir de amanhã e garantir que serviços essenciais sejam mantidos, como os dos hospitais Universitário e Veterinário. Ainda falta definir como ficarão os estágios supervisionados e serviços prestados à população por cursos como de Nutrição, Fisioterapia e Psicologia.
O próximo encontro do comitê de greve está marcado para sexta-feira, dia 3 de maio, quando será apresentado o primeiro balanço da paralisação. No dia 6, segunda-feira que vem, às 8 horas, haverá Assembleia Geral Extraordinária, para reunir toda a categoria e definir os passos seguintes.
Quase 10 anos depois - Desde 2015 a UFMS não para. Naquele ano, a paralisação começou em 15 de junho e seguiu até 14 de outubro, com 4 meses sem aulas. A anterior, em 2012, durou 90 dias.
Desta vez, Os professores reivindicam reajuste salarial de 22,71%, em três parcelas anuais de 7,06% cada, começando em 2024. Já os técnico-administrativos cobram 34%, também dividido até 2026 e já estão parados desde março.
O Governo Federal apresentou contraproposta de reajuste de 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026. Mas a categoria não abre mão de percentual já em 2024, porque também contemplaria os aposentados.
Outro pedido que emperra as negociações é equiparação do auxílio alimentação aos valores pagos ao Legislativo e Judiciário federais. "Enquanto os professores ganhariam R$ 1 mil com aumento proposto agora pelo governo, os dois poderes já pagam cerca de R$ 4 mil. A diferença é discrepante", reforça a presidente da Adufms.
Na pauta nacional unificada, entra ainda a revogação de portaria do Ministério da Educação que estabelece aumento da carga horária mínima de aulas e o controle de frequência por meio do ponto eletrônico para a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. Outra reivindicação é a revogação das mudanças para o Novo Ensino Médio e na Base Nacional Comum para a Formação de Professores, normas aprovadas nos governos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL).
Fonte: CampoGrandeNews
Depois de nove anos sem grandes manifestações, oficialmente começou neste 1º de maio a greve dos professores da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), o que pode atingir 25.369 estudantes no Estado em 138 cursos.
Como hoje é feriado, só nesta quinta-feira será possível saber o tamanho da adesão ao movimento. A categoria reivindica principalmente a reestruturação de carreira, reajuste salarial, de benefícios e revisão orçamentária. Apenas dois municípios sul-mato-grossenses não decidiram se vão aderir.
São 1.496 professores efetivos e 1.762 técnicos administrativos aqui no Estado. Atualmente a instituição mantém 10 campi em Mato Grosso do Sul, 8 votaram favoráveis à paralisação. "Vamos até Naviraí e Ponta Porã nesta semana conversar com a categoria porque não temos representantes nessas cidades", informa a presidente da Adufms (Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Mariuza Guimarães.
Até segunda-feira (29), 26 universidades e institutos federais do Brasil já haviam aderido à paralisação, contabiliza o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior. Em alguns locais pelo País, os professores cruzaram os braços em 15 de abril.
"Até dia 6 de maio esse número subirá para 37, porque vários outros estados já aprovaram indicativo de greve. Não tem como prever o tamanho da adesão aqui, mas nos outros locais o movimento foi ganhando forma no decorrer dos dias. O mesmo esperamos aqui", explica a presidente.
A última reunião antes da greve ocorreu na segunda-feira, para definir as estratégias a partir de amanhã e garantir que serviços essenciais sejam mantidos, como os dos hospitais Universitário e Veterinário. Ainda falta definir como ficarão os estágios supervisionados e serviços prestados à população por cursos como de Nutrição, Fisioterapia e Psicologia.
O próximo encontro do comitê de greve está marcado para sexta-feira, dia 3 de maio, quando será apresentado o primeiro balanço da paralisação. No dia 6, segunda-feira que vem, às 8 horas, haverá Assembleia Geral Extraordinária, para reunir toda a categoria e definir os passos seguintes.
Quase 10 anos depois - Desde 2015 a UFMS não para. Naquele ano, a paralisação começou em 15 de junho e seguiu até 14 de outubro, com 4 meses sem aulas. A anterior, em 2012, durou 90 dias.
Desta vez, Os professores reivindicam reajuste salarial de 22,71%, em três parcelas anuais de 7,06% cada, começando em 2024. Já os técnico-administrativos cobram 34%, também dividido até 2026 e já estão parados desde março.
O Governo Federal apresentou contraproposta de reajuste de 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026. Mas a categoria não abre mão de percentual já em 2024, porque também contemplaria os aposentados.
Outro pedido que emperra as negociações é equiparação do auxílio alimentação aos valores pagos ao Legislativo e Judiciário federais. "Enquanto os professores ganhariam R$ 1 mil com aumento proposto agora pelo governo, os dois poderes já pagam cerca de R$ 4 mil. A diferença é discrepante", reforça a presidente da Adufms.
Na pauta nacional unificada, entra ainda a revogação de portaria do Ministério da Educação que estabelece aumento da carga horária mínima de aulas e o controle de frequência por meio do ponto eletrônico para a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. Outra reivindicação é a revogação das mudanças para o Novo Ensino Médio e na Base Nacional Comum para a Formação de Professores, normas aprovadas nos governos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL).