Um trecho que quase 50 quilômetros da BR-262 passará por obras de restauração e estabilização do terraplano, pelo valor de R$ 142,7 milhões. 

O edital de abertura da licitação foi publicado no Diário Oficial da União desta quarta-feira (8), pelo Ministério dos Transportes.

Conforme o documento, as obras serão realizadas em uma extensão de 46,90 km da rodovia, do km 659,20 ao 706,10, no trecho do início da ponte sobre o Rio Paraguai até o entroncamento com a MS-184, no Buraco das Piranhas.

A abertura das propostas será no dia 18 de junho deste ano e a empresa escolhida será na modalide menor preço.

Após a contratação e ordem de serviço, a empresa terá o prazo de 547 dias para a execução.

Obras e concessão

Atualmente, a ponte sobre o Rio Paraguai, em Corumbá, está em obras, mas a reestruturação compreende a estrutura de pontos danificados.

Tanto os custos do serviço de controle do pare-e-siga, da ordem de R$ 340 mil mensais, quanto a reforma das lajes, contratadas com a empresa ENGR Engenharia e Consultoria, por quase R$ 1,7 milhão, estão sendo bancados pelo Governo do Estado, embora a ponte esteja instalada em rodovia federal. 

A BR-262 é federal, mas o governo de Mato Grosso do Sul já pedou ao Ministério dos Transportes para administrar trechos da rodovia, entre Campo Grande e Três Lagoas, e também da BR-267, entre Nova Alvorada do Sul e a divisa com o estado de São Paulo, para que possa concedê-los à iniciativa privada. 

Nesse contexto, está nos planos do governador Eduardo Riedel (PSDB) a duplicação do trecho de 96 quilômetros da BR-262 entre Campo Grande e Ribas do Rio Pardo. 

“Nem que o Estado tenha de aportar alguma coisa, mas é um trecho importante”, disse o governador de Mato Grosso do Sul em entrevista concedida ao Correio do Estado em dezembro do ano passado.

O governo de Mato Grosso do Sul, por meio de seu escritório de parcerias e projetos, já estuda um modelo de concessão que envolve três rodovias que fazem a ligação com o estado de São Paulo: BR-262, BR-267 e MS-040. Além dessas três rodovias, a concessão também poderia englobar outras estradas que se ligam a elas. 

“É curioso, porque o ministro dos Transportes [Renan Filho] me disse que já viu governador pedindo para a União assumir rodovia estadual, mas nunca viu estado pedindo para a União delegar rodovia federal”, afirmou Eduardo Riedel ao Correio do Estado, na ocasião.