A br/economia/eldorado-anuncia-investimento-de-r-25-bilhoes-para-erguer-segunda/429229/">Eldorado Brasil Celulose S.A., uma das maiores plantas processadoras do Brasil, localizada em Três Lagoas, foi à Justiça para cobrar a devolução de R$ 23,9 milhões que a empresa recolheu para o Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário de Mato Grosso do Sul (Fundersul) nos últimos cinco anos.
A empresa, uma das maiores exportadoras de celulose do Estado, alega que a exigência de recolhimento para o fundo foi ilegal, argumentando que não há incidência do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nas mesmas operações em que a contribuição para o fundo foi recolhida.
Na mesma ação, a Eldorado Brasil Celulose ainda manifesta total desinteresse em audiência de conciliação com o governo de Mato Grosso do Sul.
A Procuradoria-Geral do Estado (PGE-MS), órgão que defende o governo em demandas jurídicas, ainda não foi intimada da ação de repetição de indébito ajuizada pela Eldorado Brasil Celulose na sexta-feira (24).
A ação de repetição de indébito em que a empresa pede a devolução dos R$ 23,9 milhões pagos ao Fundersul nos últimos cinco anos resulta de um mandado de segurança transitado em julgado, ajuizado pela própria Eldorado Brasil, que livrou a empresa de pagar o ICMS nas operações de saída de tora de madeira das fazendas produtoras (de controle da própria Eldorado) para a indústria.
Conforme os advogados da empresa, “a fim de obter o diferimento do lançamento e do pagamento do ICMS, a autora realizou o recolhimento da contribuição para o Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundersul)”.
Neste intervalo, houve dois julgamentos: um do Superior Tribunal de Justiça, que entendeu que não incide ICMS no deslocamento de bens de um para outro estabelecimento do mesmo contribuinte, e o do mandado de segurança impetrado pela própria Eldorado, em que foi reconhecido o direito de não recolher o ICMS.
Na ocasião, no mesmo julgamento do ICMS, no que caberia ao Fundersul, o Tribunal de Justiça entendeu que caberia o recolhimento da contribuição caso a impetrante (a Eldorado) optasse pela obtenção de benefícios fiscais e, por isso, não determinou que o governo se abstivesse de cobrar o Fundersul da empresa. Tal julgamento transitou em julgado em 30 de março de 2023.
Agora, a Eldorado entende que, sem o dever de recolher o ICMS, não deve mais recolher para o Fundersul: “não mais subsistindo o dever de recolhimento do imposto estadual, por inexistência de operação mercantil, não há que se falar em substrato jurídico para pagamento do Fundersul”, argumentaram os advogados da Eldorado.
Houve meses, como janeiro de 2022, em que a Eldorado Brasil Celulose recolheu R$ 1,27 milhão para os cofres do Fundersul. Em julho de 2019, mês de menor recolhimento, a Eldorado contribuiu com R$ 311,5 mil. Entre abril de 2019 e março de 2022, as contribuições totalizaram R$ 23,9 milhões.
O Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário de Mato Grosso do Sul (Fundersul) é um mecanismo financeiro criado pelo governo do Estado de Mato Grosso do Sul com o objetivo de financiar a construção, manutenção e melhoria das rodovias estaduais e municipais, além de outras infraestruturas de transporte.
O Fundersul é gerido pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e financiado por meio de contribuições específicas sobre determinadas operações e atividades econômicas no estado.
O Fundersul é financiado por contribuições específicas cobradas de produtores rurais, empresas de transporte, indústrias e outros setores que utilizam as rodovias e infraestruturas de transporte. Essas contribuições são baseadas em operações de circulação de mercadorias, principalmente agrícolas, e incluem uma taxa adicional sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Parte do orçamento estadual pode ser destinada ao Fundersul, complementando os recursos obtidos via contribuições.
Os recursos do Fundersul são utilizados para a manutenção e conservação das rodovias estaduais e municipais, assegurando que as vias estejam em boas condições de uso.
O fundo também financia a construção de novas rodovias, pontes, viadutos e outras infraestruturas de transporte, além da melhoria das existentes.
Os recursos podem ser aplicados em projetos que visem melhorar a logística e o escoamento da produção agrícola e industrial do estado.
A gestão do Fundersul é realizada pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Seilog) de Mato Grosso do Sul, que planeja e executa as obras e serviços financiados pelo fundo.
É obrigatório que a utilização dos recursos do Fundersul seja transparente, com prestação de contas periódica e disponibilização de informações sobre os projetos e gastos realizados.
O Fundersul tem um impacto significativo na melhoria da infraestrutura de transporte no estado, facilitando o escoamento da produção agrícola e industrial, reduzindo custos logísticos e aumentando a competitividade do estado.
Ao melhorar as condições das rodovias e outras infraestruturas, o Fundersul contribui para o desenvolvimento econômico e social das regiões atendidas, promovendo a integração e acessibilidade entre diferentes áreas do estado.
Fonte: Correio do EstadoA br/economia/eldorado-anuncia-investimento-de-r-25-bilhoes-para-erguer-segunda/429229/">Eldorado Brasil Celulose S.A., uma das maiores plantas processadoras do Brasil, localizada em Três Lagoas, foi à Justiça para cobrar a devolução de R$ 23,9 milhões que a empresa recolheu para o Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário de Mato Grosso do Sul (Fundersul) nos últimos cinco anos.
A empresa, uma das maiores exportadoras de celulose do Estado, alega que a exigência de recolhimento para o fundo foi ilegal, argumentando que não há incidência do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nas mesmas operações em que a contribuição para o fundo foi recolhida.
Na mesma ação, a Eldorado Brasil Celulose ainda manifesta total desinteresse em audiência de conciliação com o governo de Mato Grosso do Sul.
A Procuradoria-Geral do Estado (PGE-MS), órgão que defende o governo em demandas jurídicas, ainda não foi intimada da ação de repetição de indébito ajuizada pela Eldorado Brasil Celulose na sexta-feira (24).
A ação de repetição de indébito em que a empresa pede a devolução dos R$ 23,9 milhões pagos ao Fundersul nos últimos cinco anos resulta de um mandado de segurança transitado em julgado, ajuizado pela própria Eldorado Brasil, que livrou a empresa de pagar o ICMS nas operações de saída de tora de madeira das fazendas produtoras (de controle da própria Eldorado) para a indústria.
Conforme os advogados da empresa, “a fim de obter o diferimento do lançamento e do pagamento do ICMS, a autora realizou o recolhimento da contribuição para o Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundersul)”.
Neste intervalo, houve dois julgamentos: um do Superior Tribunal de Justiça, que entendeu que não incide ICMS no deslocamento de bens de um para outro estabelecimento do mesmo contribuinte, e o do mandado de segurança impetrado pela própria Eldorado, em que foi reconhecido o direito de não recolher o ICMS.
Na ocasião, no mesmo julgamento do ICMS, no que caberia ao Fundersul, o Tribunal de Justiça entendeu que caberia o recolhimento da contribuição caso a impetrante (a Eldorado) optasse pela obtenção de benefícios fiscais e, por isso, não determinou que o governo se abstivesse de cobrar o Fundersul da empresa. Tal julgamento transitou em julgado em 30 de março de 2023.
Agora, a Eldorado entende que, sem o dever de recolher o ICMS, não deve mais recolher para o Fundersul: “não mais subsistindo o dever de recolhimento do imposto estadual, por inexistência de operação mercantil, não há que se falar em substrato jurídico para pagamento do Fundersul”, argumentaram os advogados da Eldorado.
Houve meses, como janeiro de 2022, em que a Eldorado Brasil Celulose recolheu R$ 1,27 milhão para os cofres do Fundersul. Em julho de 2019, mês de menor recolhimento, a Eldorado contribuiu com R$ 311,5 mil. Entre abril de 2019 e março de 2022, as contribuições totalizaram R$ 23,9 milhões.
O Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário de Mato Grosso do Sul (Fundersul) é um mecanismo financeiro criado pelo governo do Estado de Mato Grosso do Sul com o objetivo de financiar a construção, manutenção e melhoria das rodovias estaduais e municipais, além de outras infraestruturas de transporte.
O Fundersul é gerido pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e financiado por meio de contribuições específicas sobre determinadas operações e atividades econômicas no estado.
O Fundersul é financiado por contribuições específicas cobradas de produtores rurais, empresas de transporte, indústrias e outros setores que utilizam as rodovias e infraestruturas de transporte. Essas contribuições são baseadas em operações de circulação de mercadorias, principalmente agrícolas, e incluem uma taxa adicional sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Parte do orçamento estadual pode ser destinada ao Fundersul, complementando os recursos obtidos via contribuições.
Os recursos do Fundersul são utilizados para a manutenção e conservação das rodovias estaduais e municipais, assegurando que as vias estejam em boas condições de uso.
O fundo também financia a construção de novas rodovias, pontes, viadutos e outras infraestruturas de transporte, além da melhoria das existentes.
Os recursos podem ser aplicados em projetos que visem melhorar a logística e o escoamento da produção agrícola e industrial do estado.
A gestão do Fundersul é realizada pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Seilog) de Mato Grosso do Sul, que planeja e executa as obras e serviços financiados pelo fundo.
É obrigatório que a utilização dos recursos do Fundersul seja transparente, com prestação de contas periódica e disponibilização de informações sobre os projetos e gastos realizados.
O Fundersul tem um impacto significativo na melhoria da infraestrutura de transporte no estado, facilitando o escoamento da produção agrícola e industrial, reduzindo custos logísticos e aumentando a competitividade do estado.
Ao melhorar as condições das rodovias e outras infraestruturas, o Fundersul contribui para o desenvolvimento econômico e social das regiões atendidas, promovendo a integração e acessibilidade entre diferentes áreas do estado.