Crise no INSS impede recuperação e Lula segue com alta rejeição


Presidente Luiz Inácio Lula da Silva em evento no Planalto (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A nova pesquisa do Instituto Datafolha mostra que a recuperação da imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva perdeu força. Após leve melhora em abril, os índices voltaram a se estabilizar em um patamar negativo, refletindo a dificuldade do governo em superar crises recentes.

Segundo o levantamento, divulgado nesta quinta-feira pela Folha de São Paulo, 40% dos entrevistados avaliam o governo como ruim ou péssimo. Outros 28% consideram a gestão ótima ou boa, enquanto 31% a classificam como regular. Apenas 1% não soube opinar. Esses números repetem o cenário de fevereiro, quando o presidente enfrentou forte desgaste por causa da proposta de fiscalização do Pix, que acabou sendo retirada.

Na avaliação pessoal do presidente, 50% dos eleitores disseram desaprovar sua atuação, contra 46% que aprovam. Em abril, esses índices estavam em 49% e 48%, respectivamente. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

O principal motivo que impediu uma nova melhora na avaliação do presidente foi a crise envolvendo o INSS. A Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal em abril, revelou um esquema de descontos indevidos em aposentadorias que teria causado um prejuízo de cerca de R$ 6 bilhões aos beneficiários. Os valores eram direcionados a entidades ligadas a políticos.

Diante da repercussão negativa, o governo tentou inicialmente atribuir a responsabilidade à gestão de Jair Bolsonaro, já que o esquema teve início em 2019. No entanto, como a prática continuou até 2023, já durante o terceiro mandato de Lula, a reação foi considerada lenta e pouco convincente. A crise resultou na saída do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, e aprofundou os conflitos internos no governo.

O impacto foi sentido principalmente entre eleitores mais sensíveis a questões sociais. Entre os que ganham até dois salários mínimos, a reprovação caiu de 36% para 33%, e a aprovação subiu de 30% para 32%. Já entre os eleitores com ensino superior, a aprovação caiu de 31% para 25%. Neste grupo, a margem de erro é maior, de 12 pontos percentuais.

A dificuldade do governo em reagir a sucessivas crises tem sido um fator constante desde o início do ano. A queda acentuada entre dezembro e fevereiro, quando a aprovação foi de 35% para 24%, já havia acendido o alerta no Palácio do Planalto. Em resposta, o governo mudou o comando da comunicação oficial e colocou o marqueteiro Sidônio Palmeira à frente da estratégia de imagem.


A mudança chegou a produzir efeito na pesquisa anterior, mas o escândalo envolvendo a Previdência revelou um desgaste mais profundo, que não se resolve apenas com ajustes na narrativa.


Outros episódios também ajudaram a manter o governo sob pressão. A primeira-dama Janja da Silva causou constrangimento durante uma viagem à China ao interpelar o presidente Xi Jinping sobre o TikTok. Também houve críticas ao vai e vem do governo sobre o aumento do IOF. Segundo pesquisas qualitativas de partidos aliados, esses eventos têm impacto pontual, mas nenhum deles se compara, em profundidade e alcance, ao caso do INSS.

O Datafolha entrevistou 2.004 eleitores em 136 municípios nos dias 10 e 11 de junho. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Fonte: CampoGrandeNews



Crise no INSS impede recuperação e Lula segue com alta rejeição

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva em evento no Planalto (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A nova pesquisa do Instituto Datafolha mostra que a recuperação da imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva perdeu força. Após leve melhora em abril, os índices voltaram a se estabilizar em um patamar negativo, refletindo a dificuldade do governo em superar crises recentes.

Segundo o levantamento, divulgado nesta quinta-feira pela Folha de São Paulo, 40% dos entrevistados avaliam o governo como ruim ou péssimo. Outros 28% consideram a gestão ótima ou boa, enquanto 31% a classificam como regular. Apenas 1% não soube opinar. Esses números repetem o cenário de fevereiro, quando o presidente enfrentou forte desgaste por causa da proposta de fiscalização do Pix, que acabou sendo retirada.

Na avaliação pessoal do presidente, 50% dos eleitores disseram desaprovar sua atuação, contra 46% que aprovam. Em abril, esses índices estavam em 49% e 48%, respectivamente. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

O principal motivo que impediu uma nova melhora na avaliação do presidente foi a crise envolvendo o INSS. A Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal em abril, revelou um esquema de descontos indevidos em aposentadorias que teria causado um prejuízo de cerca de R$ 6 bilhões aos beneficiários. Os valores eram direcionados a entidades ligadas a políticos.

Diante da repercussão negativa, o governo tentou inicialmente atribuir a responsabilidade à gestão de Jair Bolsonaro, já que o esquema teve início em 2019. No entanto, como a prática continuou até 2023, já durante o terceiro mandato de Lula, a reação foi considerada lenta e pouco convincente. A crise resultou na saída do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, e aprofundou os conflitos internos no governo.

O impacto foi sentido principalmente entre eleitores mais sensíveis a questões sociais. Entre os que ganham até dois salários mínimos, a reprovação caiu de 36% para 33%, e a aprovação subiu de 30% para 32%. Já entre os eleitores com ensino superior, a aprovação caiu de 31% para 25%. Neste grupo, a margem de erro é maior, de 12 pontos percentuais.

A dificuldade do governo em reagir a sucessivas crises tem sido um fator constante desde o início do ano. A queda acentuada entre dezembro e fevereiro, quando a aprovação foi de 35% para 24%, já havia acendido o alerta no Palácio do Planalto. Em resposta, o governo mudou o comando da comunicação oficial e colocou o marqueteiro Sidônio Palmeira à frente da estratégia de imagem.


A mudança chegou a produzir efeito na pesquisa anterior, mas o escândalo envolvendo a Previdência revelou um desgaste mais profundo, que não se resolve apenas com ajustes na narrativa.


Outros episódios também ajudaram a manter o governo sob pressão. A primeira-dama Janja da Silva causou constrangimento durante uma viagem à China ao interpelar o presidente Xi Jinping sobre o TikTok. Também houve críticas ao vai e vem do governo sobre o aumento do IOF. Segundo pesquisas qualitativas de partidos aliados, esses eventos têm impacto pontual, mas nenhum deles se compara, em profundidade e alcance, ao caso do INSS.

O Datafolha entrevistou 2.004 eleitores em 136 municípios nos dias 10 e 11 de junho. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.


Fonte: CampoGrandeNews


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