Policiais penais de Campo Grande se reuniram em frente ao Estabelecimento Penal de Segurança Máxima Jair Ferreira de Carvalho, na manhã desta quarta-feira (6), para denunciar exploração no sistema carcerário municipal. A manifestação pacífica aconteceu para pedir que o número de efetivos seja ampliado. O estopim para a ação foi a fuga da unidade prisional de Douglas Luan Souza Anastácio, de 33 anos, e Naudiney de Arruda Martins, 32 anos, nesta segunda-feira (4).
PP/MS (Sindicato dos Policiais Penais de Mato Grosso do Sul), André Santiago, são 6 mil presos no complexo penitenciário em Campo Grande para 10 plantonistas, ou seja, 600 para um.
"No caso da máxima são 11 plantonistas para 2.400 presos. Em apenas um pavilhão da máxima são 900 presos e apenas um policial penal. Essa característica não existe em nenhum presídio no interior, com exceção do estadual de Dourados. Ou seja, nenhum tem tanto preso por pavilhão”, disse.
André destaca que das nove torres no complexo - formado pela a Máxima, Centro de Triagem, Instituto Penal, Instituto de Trânsito e Módulo de Saúde - somente uma delas tem policiais.
“Onde aconteceu a fuga não havia monitoramento por câmera, nenhum agente cuidando do local. Além disso, o monitoramento por vídeo é feito por apenas um policial penal. Ele é responsável por monitorar 64 câmeras. Isso é humanamente impossível”.
Segundo o presidente, o problema foi intensificado após a gestão assumir a responsabilidade de mil policiais militares, que faziam o serviço de ronda de escolta em hospitais e outros serviços.
“Quando assumiram não houve nenhum aumento do efetivo dos policiais penais. O Conselho Nacional de Polícias Criminais e Penitenciárias estabelece que o ideal seriam 5 presos para um agente. Em Mato Grosso do Sul são 70 para um”.
O sindicato afirma que a culpa da fuga é do próprio sistema, que é falho e sobrecarrega os profissionais. Além do número de efetivos baixo, eles também pedem um novo concurso para a área. O objetivo é que assim, com mais profissionais, o número de horas extras feitas diminua.
“Atualmente o servidor assume três pastas de responsabilidade interna e ainda tem que ir para o hospital fazendo escolta. Dentro do presídio o policial penal não pode trabalhar armado. Eles cumprem plantão de 24h e ainda são obrigados a fazer hora extra que em média dá 60h por mês para cada servidor”.
Fonte: CampoGrandeNewsPoliciais penais de Campo Grande se reuniram em frente ao Estabelecimento Penal de Segurança Máxima Jair Ferreira de Carvalho, na manhã desta quarta-feira (6), para denunciar exploração no sistema carcerário municipal. A manifestação pacífica aconteceu para pedir que o número de efetivos seja ampliado. O estopim para a ação foi a fuga da unidade prisional de Douglas Luan Souza Anastácio, de 33 anos, e Naudiney de Arruda Martins, 32 anos, nesta segunda-feira (4).
PP/MS (Sindicato dos Policiais Penais de Mato Grosso do Sul), André Santiago, são 6 mil presos no complexo penitenciário em Campo Grande para 10 plantonistas, ou seja, 600 para um.
"No caso da máxima são 11 plantonistas para 2.400 presos. Em apenas um pavilhão da máxima são 900 presos e apenas um policial penal. Essa característica não existe em nenhum presídio no interior, com exceção do estadual de Dourados. Ou seja, nenhum tem tanto preso por pavilhão”, disse.
André destaca que das nove torres no complexo - formado pela a Máxima, Centro de Triagem, Instituto Penal, Instituto de Trânsito e Módulo de Saúde - somente uma delas tem policiais.
“Onde aconteceu a fuga não havia monitoramento por câmera, nenhum agente cuidando do local. Além disso, o monitoramento por vídeo é feito por apenas um policial penal. Ele é responsável por monitorar 64 câmeras. Isso é humanamente impossível”.
Segundo o presidente, o problema foi intensificado após a gestão assumir a responsabilidade de mil policiais militares, que faziam o serviço de ronda de escolta em hospitais e outros serviços.
“Quando assumiram não houve nenhum aumento do efetivo dos policiais penais. O Conselho Nacional de Polícias Criminais e Penitenciárias estabelece que o ideal seriam 5 presos para um agente. Em Mato Grosso do Sul são 70 para um”.
O sindicato afirma que a culpa da fuga é do próprio sistema, que é falho e sobrecarrega os profissionais. Além do número de efetivos baixo, eles também pedem um novo concurso para a área. O objetivo é que assim, com mais profissionais, o número de horas extras feitas diminua.
“Atualmente o servidor assume três pastas de responsabilidade interna e ainda tem que ir para o hospital fazendo escolta. Dentro do presídio o policial penal não pode trabalhar armado. Eles cumprem plantão de 24h e ainda são obrigados a fazer hora extra que em média dá 60h por mês para cada servidor”.