O centro automotivo Champions Pneus e Rodas, que tem lojas em Campo Grande e Dourados, supostamente teria tentado aplicar a dinâmica de preços abusivos até mesmo na delegada responsável pela prisão do proprietário, segundo fundamentação anexada ao APF (Auto de Prisão em Flagrante).
Segundo o texto, disponibilizado nesta terça-feira (5), Joilce Silveira Ramos sofreu da mesma coação em 2023, "[...] chegando a ficar por muito tempo solicitando que descessem seu carro do elevador automotivo uma vez que não queria realizar mais nenhum serviço". No entanto, não houve registro formal da tentativa de golpe à época dos fatos.
Considerado estelionato velado, cuja característica é enganar o cliente sem perceber que a situação se trata de um golpe, a delegada cita nos autos processuais que o modo de operação foi o mesmo: a intenção era trocar apenas um pneu, mas depois mostraram aros tortos e disseram que ela corria o risco de acidentes.
"Após autorizar o serviço, afirmaram que tinha que fazer cambagem e outros consertos, o que não foi autorizado mesmo com a insistência de três funcionários, até que me identifiquei como delegada de polícia e informei que se o carro tivesse no chão, eu iria tomar a chave e sair sem autorização. Só assim fui atendida", discorreu Joilce. - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS
A prisão de João Lopes de Freitas, 62 de idade, aconteceu depois de denúncia de cliente. Uma mulher, cuja identidade é preservada nas investigações, relatou que havia deixado seu carro, um Ford Fiesta, na loja para trocar pneus e foi informada que o serviço ficaria por cerca de R$ 500. Mais tarde, o estabelecimento informou que, na verdade, precisaria cobrar R$ 2,6 mil da dona do veículo, que supostamente estava com duas rodas amassadas.
A cliente não aprovou o orçamento e informou que mais tarde passaria para buscar o carro. Quando chegou ao comércio, porém, foi informada de novo valor por “serviço prestado”.
Ainda nesta terça, João passaria por audiência de custódia, mas está agendada para amanhã pela manhã. Advogados dele pediram liberdade provisória, mas o pedido sequer foi analisado.
Casos antigos - Conforme apuração do Campo Grande News, João tem ao menos 40 ações em que figura como réu por má prestação de serviços ou venda casada. Por duas ocasiões, a reclamação levada à Justiça foi decorrente da roda do carro quebrar a poucos quilômetros da loja onde os serviços foram prestados.
Em um deles, ocorrido em 7 de outubro de 2020 – ação foi ajuizada no ano seguinte - a dona de um veículo Corsa pagou pela troca de dois pneus, além de serviços como suspensão, pivôs, terminal de direção e mão de obra, pelo que pagou R$ 878,00.
Já em 10 de março de 2021, outra cliente da loja procurou os serviços da mecânica para verificar coluna, geometria traseira do veículo, terminal de direção e caster. O total resultou em R$ 4,4 mil, divididos em 12 vezes. Entretanto, havia sido acordado desconto de 25%, que não foi aplicado no pagamento. - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS
Fonte: CampoGrandeNewsO centro automotivo Champions Pneus e Rodas, que tem lojas em Campo Grande e Dourados, supostamente teria tentado aplicar a dinâmica de preços abusivos até mesmo na delegada responsável pela prisão do proprietário, segundo fundamentação anexada ao APF (Auto de Prisão em Flagrante).
Segundo o texto, disponibilizado nesta terça-feira (5), Joilce Silveira Ramos sofreu da mesma coação em 2023, "[...] chegando a ficar por muito tempo solicitando que descessem seu carro do elevador automotivo uma vez que não queria realizar mais nenhum serviço". No entanto, não houve registro formal da tentativa de golpe à época dos fatos.
Considerado estelionato velado, cuja característica é enganar o cliente sem perceber que a situação se trata de um golpe, a delegada cita nos autos processuais que o modo de operação foi o mesmo: a intenção era trocar apenas um pneu, mas depois mostraram aros tortos e disseram que ela corria o risco de acidentes.
"Após autorizar o serviço, afirmaram que tinha que fazer cambagem e outros consertos, o que não foi autorizado mesmo com a insistência de três funcionários, até que me identifiquei como delegada de polícia e informei que se o carro tivesse no chão, eu iria tomar a chave e sair sem autorização. Só assim fui atendida", discorreu Joilce. - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS
A prisão de João Lopes de Freitas, 62 de idade, aconteceu depois de denúncia de cliente. Uma mulher, cuja identidade é preservada nas investigações, relatou que havia deixado seu carro, um Ford Fiesta, na loja para trocar pneus e foi informada que o serviço ficaria por cerca de R$ 500. Mais tarde, o estabelecimento informou que, na verdade, precisaria cobrar R$ 2,6 mil da dona do veículo, que supostamente estava com duas rodas amassadas.
A cliente não aprovou o orçamento e informou que mais tarde passaria para buscar o carro. Quando chegou ao comércio, porém, foi informada de novo valor por “serviço prestado”.
Ainda nesta terça, João passaria por audiência de custódia, mas está agendada para amanhã pela manhã. Advogados dele pediram liberdade provisória, mas o pedido sequer foi analisado.
Casos antigos - Conforme apuração do Campo Grande News, João tem ao menos 40 ações em que figura como réu por má prestação de serviços ou venda casada. Por duas ocasiões, a reclamação levada à Justiça foi decorrente da roda do carro quebrar a poucos quilômetros da loja onde os serviços foram prestados.
Em um deles, ocorrido em 7 de outubro de 2020 – ação foi ajuizada no ano seguinte - a dona de um veículo Corsa pagou pela troca de dois pneus, além de serviços como suspensão, pivôs, terminal de direção e mão de obra, pelo que pagou R$ 878,00.
Já em 10 de março de 2021, outra cliente da loja procurou os serviços da mecânica para verificar coluna, geometria traseira do veículo, terminal de direção e caster. O total resultou em R$ 4,4 mil, divididos em 12 vezes. Entretanto, havia sido acordado desconto de 25%, que não foi aplicado no pagamento. - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS