No final da tarde desta quinta-feira (08), o delegado da Polícia Civil, responsável pela Seção de Investigações Gerais (SIG) de Nova Andradina, Caio Leonardo Bicalho Martins, se arriscou no trânsito para salvar uma criança que passava mal.

Conforme o boletim de ocorrência 285/2024, o delegado buscava sua filha em um colégio particular da cidade, quando ouviu, nas proximidades, gritos de socorro e avistou uma senhora segurando em seu colo uma menor, já desmaiada.

A mulher dizia que a criança, que era sua neta, estaria tendo uma crise de convulsão e não respondia mais aos chamados da família.

Imediatamente, o delegado colocou em seu veículo particular a criança, a avó e também a mãe da menor e partiu em direção ao Hospital Regional (HR) a fim de prestar socorro.

No percurso, tendo em vista que a criança, aparentemente, estava tendo uma nova crise de convulsão e a avó da menina também começou a passar mal, inclusive, desmaiando dentro do automóvel, o delegado afirma que teve que tomar uma atitude mais ousada.

O policial conta que visando garantir a saúde dos envolvidos, decidiu se arriscar, tendo que ultrapassar o limite de velocidade das vias, desrespeitar placas de trânsito, avançar sinais vermelhos, além de ter que utilizar, em alguns trechos do percurso, a calçada, como forma de avançar mais rápido.

Nas palavras de Caio, seu objetivo era fazer com que a menor e sua avó chegassem até a unidade hospitalar a tempo para receberem os devidos atendimentos médicos, o que foi feito.

As pacientes deram entrada no HR, onde a equipe prontamente iniciou os devidos procedimentos. Caio disse ao Nova News que voltou ao hospital depois e pode constatar que tanto a neta quanto a avó já estavam bem, fora de perigo.

Após os fatos, o delegado decidiu registrar um boletim de ocorrência por preservação de direito para que o fato de ter violado as leis de trânsito não lhe causem transtornos, uma vez que, naquele momento, salvar as vidas da criança e da avó eram a prioridade. "Apesar de ter quebrado algumas regras no trânsito, tudo foi feito com certa cautela, para que não houvesse riscos para os demais usuários das vidas", explicou ele à reportagem.

No entendimento de Caio, o lema da Polícia Civil, que é servir e proteger, não se aplica apenas no horário de trabalho, mas em todos os momento em que o cidadão necessita de apoio, ainda mais como no caso em questão, em que o socorro imediato era fundamental.