Um servidor público municipal da prefeitura de com.br/municipios/campo-grande/">Campo Grande é apontado pela denúncia do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), na deflagração da Operação Last Chat, no dia 24 deste mês, como gerente da organização criminosa PCC, que tem como líder Rafael da Silva Lemos, conhecido como ‘Gazela' e que está foragido do sistema penitenciário.
Na denúncia, o servidor – que é um agente comunitário de saúde – era um dos gerentes da organização criminosa responsável pelas operações financeiras da organização. O servidor é irmão do líder da organização criminosa, Rafael, e tinha também como incumbência a gerência dos caminhões basculantes para o transporte da droga.
O agente de saúde também era o responsável pela administração da empresa de construção, transporte e logística que foi criada especialmente para a lavagem de dinheiro do tráfico de drogas. Na empresa eram guardados os caminhões e outros veículos que a organização criminosa usava.
A denúncia ainda traz que os crimes praticados pela organização criminosa usavam a pessoa jurídica da empresa criada. A organização ainda teria estabelecido depósitos não superiores a R$ 2 mil. Um dos integrantes, conhecido como ‘contador', elaborou documentos contábeis para dar aparência de legitimidade às transações feitas pela organização.
O Gaeco ainda diz que entre 26/05/2020 a 17/03/2023, a organização recebeu mais 1 mil 116 depósitos em dinheiro que resultaram em um montante de R$ 1 milhão 534 mil. A organização tinha cinco gerentes com tarefas bem definidas. Um dos gerentes coordenava a logística de transporte de drogas para o Ceará. Este gerente seria de confiança de Rafael e também tinha a incumbência da execução de atos violentos para a facção.
O agente de saúde, integrante da organização, é concursado e empossado no município desde janeiro de 2019, com um salário de R$ 3,3 mil.
O Jornal Midiamax entrou em contato com a Prefeitura para saber sobre a situação do servidor, e em resposta fomos informados que o servidor está de licença médica. Confira a nota:
“O servidor é efetivo e lotado na Secretaria Municipal de Saúde, que até o momento não foi notificada para prestar informações. Atualmente, o mesmo encontra-se afastado por licença médica prolongada, não estando realizando atividades do cargo desde o dia 14 de dezembro de 2023. O procedimento legal e conforme Estatuto do Servidor exige que após a notificação, seja aberto Processo Administrativo Ético, previsto no Decreto n. 13.950, de 2 de agosto de 2019, onde é enviado para a Corregedoria-Geral do Município.”
A advogada é apontada pela denúncia do Gaeco como a ponte entre o preso Rafael da Silva Lemos, conhecido como ‘Gazela', que está encarcerado em penitenciária, mas continuava a dar ordens para a organização na logística do transporte de drogas. Segundo a denúncia, uma empresa foi criada especialmente para fazer a lavagem de dinheiro do tráfico de drogas feito pela organização.
A advogada que atuava como ‘gravata' para a organização criminosa ainda levantava informações sigilosas para Rafael. A denúncia traz que a advogada teria recebido da organização criminosa mais de R$ 100 mil. Sabe-se também que um dos integrantes da organização havia sido preso quando transportava drogas.
Mais de uma tonelada de maconha acabou apreendida e, depois da prisão do integrante, a advogada ficou incumbida de saber se corria riscos de outros endereços onde estavam armazenadas drogas serem descobertos pela polícia. Para isso, a advogada pagou para um policial militar descobrir informações e repassar a ela. Assim, posteriormente, informaria a Rafael, líder da organização.
Quando o integrante da organização foi preso, ele e outro membro falavam sobre armas, munições e drogas que estariam em um depósito em uma casa na Rua Baraúnas, no bairro Parque dos Novos Estados. Depois de presos, a advogada teria instruído a não dar informações sobre a organização, dificultando o trabalho da polícia.
A advogada já havia sido presa quando da deflagração da Operação Courrier, em 2022, quando o Gaeco deflagrou a ação onde advogados estavam envolvidos com uma organização criminosa.
A Operação Last Chat é para desmantelar organização criminosa altamente estruturada que opera no tráfico de drogas em cinco estados, desde o interior dos presídios, contando com uma rede sofisticada de distribuição e vários integrantes e apoiadores já identificados, cerca de 40 membros, entre eles policiais militares, servidor público municipal e três advogados.
A organização criminosa também atuava no comércio ilegal de armas de grosso calibre, como fuzis e submetralhadoras, além de granadas, munições, acessórios e outros materiais bélicos de uso restrito, bem como na lavagem do dinheiro relacionado aos crimes, para a qual se utiliza de diferentes métodos, como a constituição de empresa fictícia, uso de contas bancárias de terceiros, aquisição de veículos de alto valor econômico em nome de terceiros – Porsche, caminhões, entre outros.
(Matéria editada às 11h43 para acréscimo de informação da resposta da Prefeitura)
Fonte: MidiamaxUm servidor público municipal da prefeitura de com.br/municipios/campo-grande/">Campo Grande é apontado pela denúncia do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), na deflagração da Operação Last Chat, no dia 24 deste mês, como gerente da organização criminosa PCC, que tem como líder Rafael da Silva Lemos, conhecido como ‘Gazela' e que está foragido do sistema penitenciário.
Na denúncia, o servidor – que é um agente comunitário de saúde – era um dos gerentes da organização criminosa responsável pelas operações financeiras da organização. O servidor é irmão do líder da organização criminosa, Rafael, e tinha também como incumbência a gerência dos caminhões basculantes para o transporte da droga.
O agente de saúde também era o responsável pela administração da empresa de construção, transporte e logística que foi criada especialmente para a lavagem de dinheiro do tráfico de drogas. Na empresa eram guardados os caminhões e outros veículos que a organização criminosa usava.
A denúncia ainda traz que os crimes praticados pela organização criminosa usavam a pessoa jurídica da empresa criada. A organização ainda teria estabelecido depósitos não superiores a R$ 2 mil. Um dos integrantes, conhecido como ‘contador', elaborou documentos contábeis para dar aparência de legitimidade às transações feitas pela organização.
O Gaeco ainda diz que entre 26/05/2020 a 17/03/2023, a organização recebeu mais 1 mil 116 depósitos em dinheiro que resultaram em um montante de R$ 1 milhão 534 mil. A organização tinha cinco gerentes com tarefas bem definidas. Um dos gerentes coordenava a logística de transporte de drogas para o Ceará. Este gerente seria de confiança de Rafael e também tinha a incumbência da execução de atos violentos para a facção.
O agente de saúde, integrante da organização, é concursado e empossado no município desde janeiro de 2019, com um salário de R$ 3,3 mil.
O Jornal Midiamax entrou em contato com a Prefeitura para saber sobre a situação do servidor, e em resposta fomos informados que o servidor está de licença médica. Confira a nota:
“O servidor é efetivo e lotado na Secretaria Municipal de Saúde, que até o momento não foi notificada para prestar informações. Atualmente, o mesmo encontra-se afastado por licença médica prolongada, não estando realizando atividades do cargo desde o dia 14 de dezembro de 2023. O procedimento legal e conforme Estatuto do Servidor exige que após a notificação, seja aberto Processo Administrativo Ético, previsto no Decreto n. 13.950, de 2 de agosto de 2019, onde é enviado para a Corregedoria-Geral do Município.”
A advogada é apontada pela denúncia do Gaeco como a ponte entre o preso Rafael da Silva Lemos, conhecido como ‘Gazela', que está encarcerado em penitenciária, mas continuava a dar ordens para a organização na logística do transporte de drogas. Segundo a denúncia, uma empresa foi criada especialmente para fazer a lavagem de dinheiro do tráfico de drogas feito pela organização.
A advogada que atuava como ‘gravata' para a organização criminosa ainda levantava informações sigilosas para Rafael. A denúncia traz que a advogada teria recebido da organização criminosa mais de R$ 100 mil. Sabe-se também que um dos integrantes da organização havia sido preso quando transportava drogas.
Mais de uma tonelada de maconha acabou apreendida e, depois da prisão do integrante, a advogada ficou incumbida de saber se corria riscos de outros endereços onde estavam armazenadas drogas serem descobertos pela polícia. Para isso, a advogada pagou para um policial militar descobrir informações e repassar a ela. Assim, posteriormente, informaria a Rafael, líder da organização.
Quando o integrante da organização foi preso, ele e outro membro falavam sobre armas, munições e drogas que estariam em um depósito em uma casa na Rua Baraúnas, no bairro Parque dos Novos Estados. Depois de presos, a advogada teria instruído a não dar informações sobre a organização, dificultando o trabalho da polícia.
A advogada já havia sido presa quando da deflagração da Operação Courrier, em 2022, quando o Gaeco deflagrou a ação onde advogados estavam envolvidos com uma organização criminosa.
A Operação Last Chat é para desmantelar organização criminosa altamente estruturada que opera no tráfico de drogas em cinco estados, desde o interior dos presídios, contando com uma rede sofisticada de distribuição e vários integrantes e apoiadores já identificados, cerca de 40 membros, entre eles policiais militares, servidor público municipal e três advogados.
A organização criminosa também atuava no comércio ilegal de armas de grosso calibre, como fuzis e submetralhadoras, além de granadas, munições, acessórios e outros materiais bélicos de uso restrito, bem como na lavagem do dinheiro relacionado aos crimes, para a qual se utiliza de diferentes métodos, como a constituição de empresa fictícia, uso de contas bancárias de terceiros, aquisição de veículos de alto valor econômico em nome de terceiros – Porsche, caminhões, entre outros.
(Matéria editada às 11h43 para acréscimo de informação da resposta da Prefeitura)