O advogado de 56 anos que fugiu do Presídio Militar no dia 22 de março, em Campo Grande, foi capturado neste sábado (27) em Pedro Juan Caballero, no Paraguai, após pouco mais de um mês foragido.
De acordo com a Polícia Militar, a prisão aconteceu após extensa busca por parte da Polícia Civil e Militar de Mato Grosso do Sul, com apoio da Polícia Nacional, pertencente ao país vizinho.
A corporação não informou em que local o advogado estava, nem para qual presídio deverá ser encaminhado após a prisão.
A fuga - Conforme boletim de ocorrência, registrado pela PM (Polícia Militar), por volta das 12h30 do dia 22 de março, a equipe sentiu falta do interno no momento da entrega da marmita. Foi feita uma vistoria no local e o advogado não foi encontrado.
A defesa do suspeito, Alessandro Donizete Quintano, disse que a fuga de seu cliente causou surpresa. "Até porque todos os fatos a ele imputados serão esclarecidos no decorrer da instrução processual", afirmou.
Prisão - Conforme apurado pela reportagem, no dia 23 de fevereiro deste ano, o advogado foi preso por invadir, empunhando uma arma de fogo, a casa da ex-companheira em Ponta Porã, distante 313 quilômetros de Campo Grande.
Na ocasião, de acordo com boletim de ocorrência, o suspeito ameaçou a vítima de morte e mandou que a filha dela de 13 anos saísse da residência para não ver a morte da mãe. Na sequência, o autor fechou a porta e levou a ex para o quarto, onde disse que a mataria.
Para escapar da morte, a vítima passou a ludibriá-lo dizendo que o amava e queria reatar o relacionamento, momento em que o advogado se acalmou. Enquanto isso, a filha da vítima, fora da casa, gritava que havia chamado a polícia. Com medo de ser preso, o autor liberou a ex e fugiu de carro. Desesperada, a vítima e a filha foram para a delegacia registrar boletim de ocorrência. O agressor foi preso dormindo, horas depois na casa da família dele.
Estupro de vulnerável - Na delegacia, a vítima contou que manteve relacionamento com o advogado, mas resolveu se separar em razão da agressividade dele e por ter confirmado que o homem havia estuprado a sua filha, quando ela tinha 12 anos. A menina sofreu a violência sexual sob ameaça de morte, caso contasse algo para alguém. A investigação sobre o caso já estava em andamento na DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) da cidade.
O MPMS (Ministério Público Estadual) denunciou o advogado por perseguição, violência psicológica e estupro de vulnerável, todos em contexto de violência doméstica. No começo deste mês, advogado ingressou com pedido de revogação de sua prisão preventiva, mas o pedido foi indeferido pelo juiz Marcelo Guimarães Marques.
“Por tal razão, é certo que a manutenção da prisão preventiva é essencial para a garantia da ordem pública, em razão de repercussão social e gravidade concreta do fato criminoso imputado à parte ré, bem como para conveniência da instrução criminal, ou seja, para assegurar a integridade física e psicológica das vítimas”, decidiu o magistrado.
O nome do advogado só foi preservado pela reportagem para garantir que as vítimas não sejam identificadas, principalmente a adolescente, como preconiza o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).
Furou bloqueio - Em outubro de 2022, o advogado já havia sido preso pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) por atirar e furar bloqueio de manifestantes na BR-060 em Sidrolândia, mas pagou fiança e foi liberado logo depois. Na ocasião, com o homem foram apreendidos um canivete, uma pistola e 48 munições de marca variada.
Fonte: CampoGrandeNewsO advogado de 56 anos que fugiu do Presídio Militar no dia 22 de março, em Campo Grande, foi capturado neste sábado (27) em Pedro Juan Caballero, no Paraguai, após pouco mais de um mês foragido.
De acordo com a Polícia Militar, a prisão aconteceu após extensa busca por parte da Polícia Civil e Militar de Mato Grosso do Sul, com apoio da Polícia Nacional, pertencente ao país vizinho.
A corporação não informou em que local o advogado estava, nem para qual presídio deverá ser encaminhado após a prisão.
A fuga - Conforme boletim de ocorrência, registrado pela PM (Polícia Militar), por volta das 12h30 do dia 22 de março, a equipe sentiu falta do interno no momento da entrega da marmita. Foi feita uma vistoria no local e o advogado não foi encontrado.
A defesa do suspeito, Alessandro Donizete Quintano, disse que a fuga de seu cliente causou surpresa. "Até porque todos os fatos a ele imputados serão esclarecidos no decorrer da instrução processual", afirmou.
Prisão - Conforme apurado pela reportagem, no dia 23 de fevereiro deste ano, o advogado foi preso por invadir, empunhando uma arma de fogo, a casa da ex-companheira em Ponta Porã, distante 313 quilômetros de Campo Grande.
Na ocasião, de acordo com boletim de ocorrência, o suspeito ameaçou a vítima de morte e mandou que a filha dela de 13 anos saísse da residência para não ver a morte da mãe. Na sequência, o autor fechou a porta e levou a ex para o quarto, onde disse que a mataria.
Para escapar da morte, a vítima passou a ludibriá-lo dizendo que o amava e queria reatar o relacionamento, momento em que o advogado se acalmou. Enquanto isso, a filha da vítima, fora da casa, gritava que havia chamado a polícia. Com medo de ser preso, o autor liberou a ex e fugiu de carro. Desesperada, a vítima e a filha foram para a delegacia registrar boletim de ocorrência. O agressor foi preso dormindo, horas depois na casa da família dele.
Estupro de vulnerável - Na delegacia, a vítima contou que manteve relacionamento com o advogado, mas resolveu se separar em razão da agressividade dele e por ter confirmado que o homem havia estuprado a sua filha, quando ela tinha 12 anos. A menina sofreu a violência sexual sob ameaça de morte, caso contasse algo para alguém. A investigação sobre o caso já estava em andamento na DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) da cidade.
O MPMS (Ministério Público Estadual) denunciou o advogado por perseguição, violência psicológica e estupro de vulnerável, todos em contexto de violência doméstica. No começo deste mês, advogado ingressou com pedido de revogação de sua prisão preventiva, mas o pedido foi indeferido pelo juiz Marcelo Guimarães Marques.
“Por tal razão, é certo que a manutenção da prisão preventiva é essencial para a garantia da ordem pública, em razão de repercussão social e gravidade concreta do fato criminoso imputado à parte ré, bem como para conveniência da instrução criminal, ou seja, para assegurar a integridade física e psicológica das vítimas”, decidiu o magistrado.
O nome do advogado só foi preservado pela reportagem para garantir que as vítimas não sejam identificadas, principalmente a adolescente, como preconiza o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).
Furou bloqueio - Em outubro de 2022, o advogado já havia sido preso pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) por atirar e furar bloqueio de manifestantes na BR-060 em Sidrolândia, mas pagou fiança e foi liberado logo depois. Na ocasião, com o homem foram apreendidos um canivete, uma pistola e 48 munições de marca variada.